A Igreja Católica permite planejar a quantidade de filhos?


Os filhos são bênçãos de Deus. Sobre essa temática, a primeira coisa a saber é que a Igreja não cessa de afirmar que os filhos são dádivas de Deus. Esse pressuposto ajuda para que os filhos não sejam compreendidos como um problema. No entanto, não se pode esquecer de que existem alguns limites físicos, psíquicos e econômicos, que põem em cheque o número de filhos que o casal pode ter. Por isso mesmo, o ensinamento da Igreja chama os casais para esse planejamento de paternidade e maternidade responsável.

Moral Católica

Do ponto de vista da Moral Católica, o casal pode planejar a quantidade de filhos, se for necessário, desde que para tal fim sejam usados métodos naturais. Ensina o Catecismo que, por razões justas, os esposos podem querer espaçar os nascimentos de seus filhos [..] Porém, vale ressaltar que tal desejo não seja proveniente do egoísmo, mas sim de acordo com a justa generosidade de uma paternidade responsável. Além disso, regularão seu comportamento segundo os critérios objetivos da moral”. (Catecismo, n.2368).

Para tal fim, uma vez que somente por meio de métodos naturais este processo é lícito, existe por parte do Magistério um incentivo para que sejam promovidos “centros com os métodos naturais de regulação da fertilidade como válida ajuda à paternidade e maternidade responsável. (…) É precisamente esse respeito que torna legítimo, ao serviço da procriação responsável, o recurso aos métodos naturais de regulação da fertilidade; estes têm-se aperfeiçoado progressivamente sob o ponto de vista científico e oferecem possibilidades concretas para decisões de harmonia com os valores morais”. (Evangelium Vitae, n. 88).

Por conseguinte, a Santa Mãe Igreja ensina que “[…] os métodos de regulação da natalidade baseados na auto-observação e no recurso aos períodos infecundos estão de acordo com os critérios objetivos da moralidade, pelo fato que eles respeitam o corpo dos esposos, animam a ternura entre eles e favorecem a educação de uma liberdade autêntica” (Catecismo, n. 2370).

Métodos naturais

Os métodos naturais de regulação da natalidade são os únicos aceitos pela Igreja, porém, vale ressaltar que também são aceitos no meio científico. Os mais conhecidos são: o método da temperatura basal, da visualização da saliva no microscópio e o método de ovulação Billings.

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O método Billings atualmente é o mais usado. Destaca a CNBB, no Diretório da pastoral familiar, que quando bem observados os dias férteis juntamente com a abstinência do ato sexual nestes dias, o método possui uma altíssima eficácia. A Organização Mundial da Saúde confirma até 99% de eficiência. (CNBB, 2005, n. 84).

A Igreja não cessa de ensinar que os filhos são bênçãos de Deus, e não maldição. Atesta o Catecismo que os filhos são o dom mais excelente do matrimônio e constituem um benefício máximo para os próprios pais. (Catecismo, n.2378).

Não se trata de obedecer a uma lei arbitrária e sim compreender que Deus, quando criou o homem e a mulher e os chamou a união conjugal, lhes deu limites que são facilmente reconhecidos quando ambos aceitam que são criaturas, que devem servir ao Criador e que nisso está a sua autêntica felicidade.

Mas quantos querem de fato agradar a Deus? Quantos estão dispostos a fazer sacrifícios pelo bem maior de uma família numerosa? Quantas de fato vivem a paternidade como um presente?

 A realidade das mulheres hoje é triste. Muitas usam a pílula pensando que são livres, que estão fazendo dos seus corpos o que desejam e no fundo são escravas. Só a castidade permite que a pessoa seja livre. A pílula supõe, não o auto-dominio mas a sua falta, e por isso é escravizante. A pílula supõe que o casal deva ter relações sexuais por anos a fio sem jamais cogitar numa família, e muito menos numa família numerosa. A pílula supõe que a fertilidade é um inimigo a ser derrotado e não uma bênção a ser vivida.

A mulher católica que usa a pílula deve aprender a visão de Deus sobre si mesma , sobre o matrimonio e sobre a família antes de se limitar a repetir os slogans em voga nesta sociedade neo-pagã. A mulher católica precisa remar contra o mundo, contra a mentalidade pró-aborto e ser uma luz no meio da escuridão.

 Mais do que nunca, “dar a luz” é de fato ser luz nas trevas.

Logo que acolhemos a vida, e a família numerosa como uma grande dádiva, somos cobertos de perguntas sobre a nossa “condição para se ter tantos filhos”. Ah se cada mulher que fosse ao shopping fosse interrogada se ela tem mesmo “condição de comprar” o que ela irá comprar… quantas iriam se envergonhar, pois na verdade não se tem condição, mas se cria a condição.

E porque que para gerar vida, que não tem comparação com nenhuma bolsa ou sapato, tantos interrogatórios e olhares suspeitos aparecem? Ah, dizem os sábios deste mundo, é preciso ter condição financeira para ter tantos filhos! Viver custa! E no entanto quantos destes cogitam viver numa casa mais simples ou ter menos conforto material para dar lugar a mais uma vida? No entanto, o casal católico deveria estar disposto a isso, se for necessário, para dar lugar a mais uma vida. A vida foi redimida por Cristo, não o sapato do shopping.

Se não é pecado lutar por uma vida cada vez mais digna para si e para os filhos é pecado querer ter uma vida financeira “perfeitamente estável” para começar a se pensar em ter filhos. Talvez você não tivesse nascido se seus pais pensassem assim. É preciso ter em mente que nesta terra a santificação dos esposos passa sim, pelas provações que a família atravessa e não pelas comodidades vividas.

Existe uma idéia tão difundida que o casal pobre que tem 6 filhos é pobre porque a mulher não tem “instrução e ir no Posto de Saúde pegar a pílula para tomar”, enquanto que o casal da classe média é super inteligente em ter no máximo dois filhos, pois ela “se cuida” para não engravidar. Será que o problema está mesmo na conta bancária ou na capacidade de corresponder a Deus com generosidade, sendo pobres ou ricos?

Contrariando a neura da sociedade atual de condenar a qualquer um que queira gerar filhos, a oPapa Pio XII é porta-voz de Deus ao proclamar:

  “Não tenham medo da quantidade dos seus filhos e filhas. Pelo contrário, reze à Providência para eles, para que vocês possam criá-los e educá-los em seus benefícios e para a glória da sua pátria aqui na terra, e aquela do céu”.

Quantos casais precisam urgentemente de escutar estas palavras: “Não tenham medo da quantidade dos seus filhos e filhas. Pelo contrário, reze à Providência para eles…”

Infelizmente, em vez disso, muitos dos católicos para sua própria perdição tem no seu coração o pensamento de uma das maiores abortistas do mundo, a Sr. Margareth Sanger, que disse:   “O mal mais grave do nosso tempo é o encorajamento de trazer ao mundo famílias numerosas. A prática mais imoral dos dias atuais é procriar muitas crianças… A imoralidade de famílias numerosas não traz prejuízo somente para os membros destas famílias mas traz prejuízo para toda a sociedade”.

Gerar e educar vida humana é o ato que Deus confiou ao casal. É um grande dom que satanás, homicida desde o principio, quer arrancar dos nossos corações. A família católica esta no centro deste jogo. Ou ela se abre para o plano de Deus ou satanás, com suas armadilhas, vai pouco a pouco tomando conta do seu coração. Precisamos de casais que façam tudo que esteja ao seu alcance para ter filhos e não para evitá-los!

A mulher que deveria sentir vergonha é a que usa a pílula. Ela deve sentir vergonha e querer sair desta forma de viver a sexualidade que não lhe permite viver o plano de Deus. A mulher que decide ser mãe, e mãe de muitos filhos, deve ser louvada como corajosa – mas não no sentido perjorativo que tantas vezes escutamos – mas no sentido mais nobre da palavra: ela foi corajosa porque decidiu, entre tantas opiniões contrárias, seguir a voz de Deus e terá sua recompensa por isso. Como a mães dos macabeus, que ela seja recompensada quando ver ser filhos sendo mártires para a glória de Deus pois soube educá-los não para este mundo que passa mas para a eternidade.

Mundo infértil

A fecundidade é um dom. “Chamados a dar a vida, os esposos participam do poder criador e da paternidade de Deus” (Catecismo, n. 2367). Isso implica em dizer que todo projeto que articula a infecundidade e, consequentemente, o controle de natalidade, é um não ao maior dom de Deus, a vida. Desse modo, fica evidente que os métodos contraceptivos artificiais tornam o mundo “infértil”, isto é, incapaz de gerar vida.

Apesar de a Igreja ser a favor do planejamento do número de filhos, deve ficar esclarecido que a pregação principal dela consiste no amor pela vida. Assim sendo, esse amor pela vida deve superar todos os métodos contraceptivos. Como ela ensina, se for necessário espaçar a gravidez por motivos justos, deve-se buscar os métodos naturais e nunca os artificiais.

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