Eviteis a convivência de todo irmão contrária à tradição que de nós tendes recebido. (II Tessalonicenses 3, 6)
Jesus disse: Quem vos ouve a vós a mim me ouve; e quem vos rejeita a vós a mim me rejeita; e quem a mim me rejeita rejeita aquele que me enviou. ( Lucas 10,13-16)
“Então, irmãos, estai firmes e retende as tradições que vos foram ensinadas, seja oralmente, seja por epístola nossa” (2Tessalonicenses 2,15; v.tb. 1Coríntios 11,2).
Alguns cristãos afirmam que não há necessidade de uma Igreja como guardiã da verdade, já que a Bíblia é a única regra de fé. Para provar sua posição, eles costumam citar o seguinte:
“Desde a tua meninice sabes as Sagradas Escrituras, que podem fazer-te sábio para a salvação, pela fé que há em Cristo Jesus. Toda a Escritura é divinamente inspirada e útil para ensinar, para advertir, para corrigir, para instruir em justiça; para que o homem de Deus seja perfeito e plenamente instruído para toda boa obra” (2Timóteo 3,15-17).
Em um exame mais detalhado, torna-se evidente que esses versículos realmente não ensinam a suficiência da Bíblia. O versículo 17 (especialmente quando o versículo 14 é ignorado) parece implicar a suficiência das Escrituras “para toda boa obra”, mas nenhuma conexão é feita com a Salvação, uma parte essencial da fé. O versículo 15 liga a importância dos Escritos Sagrados à Salvação, mas esses Escritos são aqueles que Timóteo conhecia desde a infância, ou seja, apenas o Antigo Testamento. Embora o versículo 16 enumere a grande utilidade de “toda a Escritura” para ensinar a Fé, ainda assim não se observa suficiência. Um copo de água é útil para a saúde, mas não é suficiente, pois também são necessários ar e comida para se viver.
É irônico que em 2Timóteo 3,14, é dito a Timóteo: “permanece naquilo que aprendeste (…) sabendo de quem o tens aprendido”. Este versículo sugere fortemente a Tradição Apostólica. Na mesma carta, Timóteo é informado sobre como transmitir os ensinamentos de Cristo:
“E o que de mim ouviste diante de muitas testemunhas, confia-o a homens fiéis, que sejam idôneos para também ensinarem os outros” (2Timóteo 2,2).
Na verdade, São Paulo ordena aos cristãos tessalonicenses que se apeguem às Tradições ensinadas pelos Apóstolos, tanto orais quanto escritas:
“Então, irmãos, estai firmes e retende as tradições que vos foram ensinadas, seja oralmente, seja por epístola nossa” (2Tessalonicenses 2,15; v.tb. 1Coríntios 11,2).
Por fim, se tudo o que Jesus e os Apóstolos fizeram e ensinaram foram registradas na Bíblia, por que então São João encerrou o seu Evangelho com este curioso versículo?
“Há, porém, ainda muitas outras coisas que Jesus fez; e se cada uma das quais fosse escrita, cuido que nem ainda o mundo todo poderia conter os livros que se escreveriam” (João 21,25; v.tb. João 20,30).
Ou, ainda, suas duas últimas epístolas com estes versículos: 2João 1,12 e 3João 1,13-14?
Jesus em Marcos 7,5-13 (ou Mateus 15,1-9) não condena todas as tradições, exceto aquelas corrompidas pelos fariseus. Diferentemente das tradições humanas dos fariseus, a Tradição Apostólica é a Palavra de Deus falada através dos Apóstolos, não registrada na Bíblia. A Igreja, conforme prometido por Cristo (cf. Mateus 16,18-19; Mateus 18,17-18), preserva e ensina a Tradição Apostólica. Esta Igreja é a coluna e o fundamento da verdade, conforme está escrito:
– “Para que saibas como convém andar na casa de Deus, que é a igreja do Deus vivo, a coluna e o fundamento da verdade” (1Timóteo 3,15; v.tb. Efésios 2,19-21).
Outra função da Igreja é explicar passagens da Bíblia. São Pedro adverte sobre os ensinamentos das Escrituras que são difíceis de se entender:
“…assim como em todas as suas epístolas (=de São Paulo), entre as quais há pontos difíceis de se entender, que os indoutos e inconstantes torcem, igualmente como as demais Escrituras, para a sua própria perdição” (2Pedro 3,15-16).
Segundo a Bíblia, os discípulos tiveram que explicar as Escrituras. Um exemplo é São Filipe explicando o livro de Isaías ao eunuco etíope em Atos 8,30-31. Além disso, esta função da Igreja inclui a interpretação da Bíblia:
“Sabendo primeiramente isto: que nenhuma profecia da Escritura é de particular interpretação; porque a profecia nunca foi produzida por vontade de homem nenhum, mas os homens santos de Deus falaram inspirados pelo Espírito Santo” (2Pedro 1,20-21).
São Pedro, nesta passagem, nos adverte a não interpretarmos particularmente a mensagem de Deus (profecia) nas Escrituras. A Igreja, tendo “homens inspirados pelo Espírito Santo”, pode servir provendo justamente essa capacidade.
Então, embora a Bíblia seja a inerrante Palavra de Deus, não é a única regra orientadora da fé. Tanto a Bíblia quanto a Tradição Apostólica são Palavra de Deus. Ambas são fontes importantes para a Fé. A Igreja Católica, sendo a Igreja fundada por Cristo, preserva a ambas da corrupção e as emprega para ensinar a Palavra de Deus sob a orientação do Espírito Santo (cf. Mateus 28,16-20; João 16,12-15).
Autoridade dada por DEUS só a igreja Católica tem quando JESUS CRISTO veio à Terra e edificou a sua Igreja, dentre seus discípulos elegeu doze homens e lhes conferiu autoridade, poder e um ministério a cumprir: pastorear a Igreja.
Com a expressão “sucessão apostólica” se indica, em teologia, que os Apóstolos, conscientes de que não viveriam para sempre e por vontade de Cristo, estavam destinados a possuir sucessores que continuariam o seu ministério, com a mesma autoridade que eles receberam de Cristo.
SOMENTE PODE OSTENTAR AUTORIDADE AQUELE QUE A TEM POR DIREITO PRÓPRIO DADO POR (DEUS) OU AQUELE A QUEM LHE FOI CONFERIDA (ORDENAÇÃO).
Quando Cristo nomeou os seus Apóstolos lhes conferiu autoridade:
– “E quando já era dia, chamou a si os seus discípulos e escolheu doze deles, a quem também deu o nome de Apóstolos: Simão, ao qual também chamou Pedro, e André, seu irmão; Tiago e João; Felipe e Bartolomeu; e Mateus e Tomé; Tiago, filho de Alfeu, e Simão, chamado Zelotes; e Judas de Tiago; e Judas Iscariotes, que foi o traidor” (Lucas 6,13-16).
– “E convocando os seus doze discípulos, deu-lhes autoridade e poder sobre todos os demônios e para curarem enfermidades” (Lucas 9,1).
Os Apóstolos sempre souberam que a autoridade deles provinha do próprio Cristo que lhes nomeou Apóstolos:
– “Embora pudéssemos impor nossa autoridade por ser Apóstolos de Cristo, nos mostramos amáveis com vós, como uma mãe cuida com carinho de seus filhos” (1Tessalonicenses 2,6-7).
– “Eles foram enviados assim como o Pai havia enviado a Cristo (com a mesma autoridade):
– “JESUS disse-lhes outra vez: ‘A paz esteja convosco. Assim como o Pai me enviou, eu também vos envio’. Dito isto, soprou sobre eles e lhes disse: ‘Recebei o ESPÍRITO SANTO. Aqueles a quem perdoardes os pecados, estes lhes serão perdoados; aqueles a quem os retiverdes, estes lhes serão retidos” (João 20,21-23).
Os Apóstolos fundavam as Igrejas e também estabeleciam as regras a serem observadas, ordenando com toda a autoridade:
– “Conforme iam passando pelas cidades, iam também entregando, para que observassem, as decisões tomadas pelos Apóstolos e presbíteros em Jerusalém” (Atos 16,4).
Nas epístolas paulinas, vemos comumente São Paulo enviar ordens a todas as igrejas:
– “No demais, que cada um viva conforme foi apontado pelo Senhor, cada um da forma como foi chamado por Deus. É o que ordeno em todas as igrejas” (1Coríntios 7,17).
Só é possível ter real autoridade quando esta foi conferida por alguém que, por sua vez, possui legítima autoridade. E quando na Igreja primitiva se vêem casos onde certas pessoas ostentam uma autoridade que não lhes correspondia, suas atitudes são severamente condenadas pela Bíblia.
Exemplos clássicos encontramos nas pessoas de Alexandro, Himeneo e Fileto, que por conta própria passaram a pregar doutrinas diferentes da Igreja, desconhecendo a autoridade do colégio apostólico, foram excomungados:
– “Esta é a recomendação que te faço, filho meu, Timóteo, de acordo com as profecias pronunciadas a teu respeito anteriormente. Penetrado por elas, combate o bom combate, conservando a fé e a consciência reta. Alguns, por tê-la rejeitado, naufragaram na fé; entre estes estão Himeneo e Alexandro, a quem entreguei a Satanás para que aprendam a não blasfemar” (1Timóteo 1,18-20).
– “Evita o palavreado profano, pois os que a ele se dão cresceram cada vez mais na impiedade e sua palavra evaluirá como gangrena. Himeneo e Fileto estão entre esses: desviaram-se da verdade ao afirmar que a ressurreição já ocorreu e perveteram a fé de alguns” (2Timóteo 2,16-18).
APENAS A IGREJA CATÓLICA TEM SACERDOTES, SACERDOTES ESSES QUE RECEBERAM A AUTORIDADE DO ALTO, ORDENADOS A PARTIR DA IMPOSIÇÃO DAS MÃOS:
"E o SENHOR disse a Moisés: Toma a Josué filho de Num, homem no qual há espírito, e porás tua mão sobre ele" (Nm 27, 18)
"E Josué filho de Números foi cheio de espírito de sabedoria, porque Moisés havia posto suas mãos sobre ele: e os filhos de Israel lhe obedeceram, e fizeram como o SENHOR mandou a Moisés.(Dt 34, 9)
Se a sua igreja é uma dessas que nega a importância do sacerdote, pastor não é sacerdote, reveja seus conceitos. Sem a presença de uma sacerdote, não pode haver sacrifício e o homem perde a ligação com o Divino. SÓ NA IGREJA CATÓLICA estA LIGAÇÃO ESTÁ PRESERVADA E SANTIFICADA!
Fonte: https://www.veritatis.com.br/biblia-tradicao-e-igreja/