Saiba o que o Catecismo da Igreja Católica fala a respeito dos homossexuais
Tenho recebido muitas correspondências de jovens cristãos que lutam bravamente contra a tendência homossexual e querem viver vida de castidade segundo a vontade de Deus. Eles me pedem ajuda e conforto. Por isso, escrevo essas palavras, com muito amor, a todos aqueles que travam essa luta difícil contra a tendência homossexual, cujas causas são complexas.
A posição da Igreja (que é a da Bíblia e da sagrada Tradição); assistida e guiada pelo Espírito Santo, como Jesus prometeu (cf. Jo 14, 15.25; 16,12-13), é que a tendência homossexual não é pecado, mas que a PRÁTICA DOS ATOS SEXUAIS é pecado grave (cf. Catecismo §2357).
O que diz o Catecismo da Igreja
§2357 A homossexualidade designa as relações entre homens e mulheres que sentem atração sexual, exclusiva ou predominante , por pessoas do mesmo sexo. A homossexualidade se reveste de formas muito variáveis ao longo dos séculos e das culturas. A sua gênese psíquica continua amplamente inexplicada. Apoiando-se na Sagrada Escritura, que os apresenta como depravações graves (Gn 19,1-29; Rm 1,24-27; 1Cor 6,9-10; 1Tm 1,10), a tradição sempre declarou que os atos de homossexualidade são intrinsecamente desordenados (CDF, decl. Persona humana, 8). São contrários à lei natural. Fecham o ato sexual ao dom da vida. Não procedem de uma complementaridade afetiva e sexual verdadeira. Em caso algum podem ser aprovados.
Homossexuais não discriminá-los
§2358 Um número não negligenciável de homens e de mulheres apresenta tendências homossexuais inatas. Não são eles que escolhem sua condição homossexual; para a maioria, pois a maioria, pois, esta constitui uma provação. Devem ser acolhidos com respeito, compaixão e delicadeza. Evitar-se-á para com eles todo sinal de discriminação injusta. Estas pessoas são chamadas a realizar a vontade de Deus na sua vida e, se forem cristãs, a unir ao sacrifício da cruz do Senhor as dificuldades que podem encontrar por causa da sua condição.
Homossexuais viver a castidade
§2359 As pessoas homossexuais são chamadas à castidade. Pelas virtudes de autodomínio, educadores da liberdade interior, às vezes pelo apoio de uma amizade desinteressada, pela oração e pela graça sacramental, podem e devem se aproximar, gradual e resolutamente, da perfeição cristã.
Há quem defenda que a homossexualidade é um terceiro sexo; e, portanto, algo natural e legítimo. Mas, para a fé católica, isso entra em conflito com a lei natural; um homem com um homem não podem gerar um filho. Deus criou dois sexos diferentes para se completarem mutuamente. Cada um dos dois tem predicados que o outro não tem. Para muitos especialistas, como o Dr. Gehard von Aardweg, a tendência homossexual tanto pode ser congênita como pode ser adquirida. Não é porque alguém tenha a tendência homossexual que é certo dizer que isso é normal e correto, e que ele pode viver a homossexualidade, discordando até de Deus e das suas Escrituras. Se for assim, qualquer tendência desordenada poderia ser justificada. Para o cristão, a tendência não justifica a prática.
A cruz da tendência homossexual é pesada, mas o cristão sabe que é da cruz que nasce a ressurreição. Se você souber conviver com a tendência homossexual, mas sem viver os “atos homossexuais”, a Igreja mostra que
Você estará como que subindo a escada da santidade. Para isso é preciso a graça de Deus, a Confissão quando cair, a Eucaristia frequente, a leitura e meditação da Palavra de Deus. Não é o que todos nós precisamos fazer?
Cristo carregou na Sua Cruz esta sua tendência homossexual; e nas santas chagas do Senhor você pode buscar o remédio para elas. São Pedro diz que Ele carregou as nossas enfermidades; então, você pode procurar na oração a cura desse mal. Sugiro que você leia o livro A BATALHA PELA NORMALIDADE SEXUAL escrito pelo Dr. Gerard van den Aardweg (Editora Santuário Aparecida), Ph.D. em Psicologia pela Universidade de Amsterdam (Holanda). Ele escreve tendo como base mais de trinta anos de terapia com homossexuais.
É preciso também tomar consciência de que você não é o único a carregar um problema difícil. Todo ser humano tem o seu; pode ser até o extremo oposto ao seu, ou seja, uma excessiva atração pelo outro sexo. Isso nos proporciona a ocasião de lutar contra tendências desregradas; é precisamente na luta que alguém se faz grande. Não fora a luta, ficaríamos sempre com nossa pequena estatura espiritual. Por conseguinte, assuma corajosamente sua tarefa de não ceder aos desvios sexuais.
Convido-o, como amigo e irmão em Cristo, para viver a Lei Divina, e você será feliz, mesmo que isso custe muito; quanto mais for difícil, mais mérito você terá diante de Deus. Você, tal como é, é chamado por Deus à santidade. Ele tem as graças necessárias para levar você à perfeição cristã. Os Santos não foram de linhagem diferente da nossa, tiveram seus momentos difíceis, mas conseguiram vencer com o auxílio de Deus.
Pode ser que você não deixe de ter a tendência homossexual, mas você pode, com o auxílio da Graça de Deus, vencer-se a si mesmo sempre. E receberá de Deus a recompensa, pois você vai agradar muito ao Senhor. E assim você será feliz, mesmo já aqui neste mundo, porque a Palavra de Deus não falha. Não há outro caminho verdadeiro de felicidade para você, esteja certo disso. Mesmo que você caia, não pode desanimar nem se desesperar. Mais importante do que vencer, para Deus, é lutar sempre sem nunca desanimar.
Busque ajuda num amigo em quem você confia e também procure ajuda nos seus pais e na sua família; abra-se com eles se eles podem entendê-lo e ajudá-lo.
Procure sublimar seus impulsos naturais dedicando-se ao esporte e à arte (poesia, música, pintura) ou a uma tarefa que lhe interesse ou mesmo ao trabalho profissional. Lembre-se de que sentir tendências homossexuais não é pecaminoso, desde que não se lhes dê consentimento. O mal consiste em consentir nessa prática.
Não se feche em si mesmo ou no isolamento. A solidão, no caso, é prejudicial. Se você leva uma vida digna, tenha a cabeça erguida e aborde a sociedade com normalidade. E jamais abandone a sua prática religiosa. Sem Deus todo fardo se torna mais pesado. Não há por que abandonar a prática religiosa se o homossexual se afasta das ocasiões de pecar. A Igreja recomenda aos seus pastores especial atenção aos que lutam pela castidade.
É grande o número de pais que estão enfrentando a questão da homossexualidade de seus filhos. Muitos são surpreendidos quando o filho ou a filha diz que é homossexual e mostra o desejo de assumir essa situação.
Os pais cristãos devem educar os filhos na fé católica; portanto, devem ensinar-lhes o que ensina a Igreja sobre a homossexualidade. Antes de tudo, é preciso saber que a vida sexual, como ensina a Igreja, só deve existir entre os cônjuges, marido e mulher, unidos pelo matrimônio:
“A sexualidade está ordenada para o amor conjugal entre o homem e a mulher. No casamento, a intimidade corporal dos esposos se torna um sinal e um penhor de comunhão espiritual. Entre os batizados, os vínculos do matrimônio são santificados pelo sacramento” (Catecismo n. 2360) Assim, todo ato sexual, praticado fora do casamento, seja homossexual ou heterossexual, é considerado fora do plano de Deus e pecaminoso.
“Entre os pecados gravemente contrários à castidade é preciso citar a masturbação, a fornicação, a pornografia e as práticas homossexuais” (CIC 2396)
Castidade
A Igreja chama todos os seus filhos a viverem a castidade, isto é, ter vida sexual apenas no casamento. Pela castidade, a pessoa que tem a tendência homossexual também pode chegar à santidade de vida:
“As pessoas homossexuais são chamadas à castidade. Pelas virtudes de autodomínio, educadoras da liberdade interior, às vezes pelo apoio de uma amizade desinteressada, pela oração e pela graça sacramental, podem e devem se aproximar, gradual e resolutamente, da perfeição cristã” (CIC 2359).
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O que os pais devem fazer?
Os pais cristãos devem dar a seus filhos as orientações que a Igreja nos dá, dentro do bom diálogo de pais e filhos, e nada deve impedir que se entendam e se respeitem. Se o filho, já independente de seus pais, não quiserem seguir as orientações da Igreja, os pais devem ficar de consciência tranquila se os orientou como manda a Igreja.
Diante de um filho que se declara homossexual, cabe aos pais cristãos dar-lhe as orientações da Igreja e fazer o possível para que vivam a espiritualidade cristã, baseada numa vida casta, na meditação da Palavra de Deus, na vida sacramental, na oração frequente, enfim, tudo o que lhes garanta o auxílio da graça de Deus para viver a castidade e chegar à perfeição cristã, qualquer que seja a sua tendência sexual.