Conscientização social? Preocupação com as minorias? As ofensivas da Rede Globo contra a família andam tão exageradas que, na verdade, parecem sinalizar mais desespero do que qualquer outra coisa.
O que antes era feito de modo sutil, ora através do romance de uma novela, ora por meio de uma reportagem aqui e outra acolá, agora converteu-se em uma campanha sistemática: seja no “Encontro”, no “Fantástico” ou nas novelas que são exibidas em horário “nobre” — ainda que a programação, em si mesma, não tenha nada de nobre —, a emissora de televisão mais assistida do Brasil parece ter se convertido em um grande folhetim ideológico, disposto mais a formar as mentes que informá-las, mais a hipnotizar as massas que entretê-las.
O tema do momento, como todos sabem, é a ideologia de gênero. (Os defensores da coisa, evidentemente, evitam o termo “ideologia”. Eles falam de “gênero” com ares de elite “científica”, como se essa fosse a mais nova descoberta do mundo civilizado. Deste mundo, é claro, pessoas “incultas” e “atrasadas”, como os cristãos ou como a simples dona Regina, estão totalmente de fora.)
Nunca o abismo entre o que pensam artistas e jornalistas e o que aspira a população brasileira ficou tão evidente.
Fala-se abertamente, por exemplo, de “crianças transgêneras”. Querem porque querem nos convencer que uma criança de quatro, cinco anos de idade, que mal está entrando em idade escolar; que ainda não tem responsabilidades, conhecimento e maturidade para escolher nada… Querem nos convencer que essa criança pode muito bem desenvolver ou assumir uma “identidade” diferente de seu sexo biológico — e que isso é perfeitamente normal. Pouco importa que, em países como a Inglaterra, essa ideia já esteja causando em crianças e adolescentes uma confusão dos diabos. O que importa é passar adiante a ideia — a realidade que faça o favor de se adequar!
As novelas globais, por sua vez, retratam os transgêneros já adultos da forma mais romantizada possível. Os conflitos internos mal resolvidos, as situações a que estão sujeitas essas pessoas, mesmo depois de conseguirem a tão sonhada “mudança de sexo”, tudo é resumido à resistência que elas enfrentam por parte de sociedade. A infelicidade das pessoas transtornadas com o próprio sexo não se deve à condição confusa em que elas mesmas se encontram. Não, a culpa de todo o seu sofrimento é do preconceito da sociedade, que se recusa a chancelar a sua “identidade”, as suas escolhas e os seus hábitos.
Aqui, mais uma vez, a realidade dos fatos conta muito pouco. Ninguém fala, por exemplo, das inúmeras pessoas que se arrependem da cirurgia de transgenitalização e desejam voltar ao sexo com que nasceram, tampouco das altíssimas taxas de suicídio presentes nessa parcela da população. Nas próprias palavras de uma pessoa que sofreu na pele o mesmo drama, mas, felizmente, escolheu outro caminho para remediar a sua situação, “a comunidade médica”, assim como os meios de comunicação de maneira geral, não tem interesse nenhum seja em reconhecer os perigos e o impacto a longo prazo das terapias de transição, seja em iniciar estudos que possam encontrar uma cura ou uma solução subjacente ao problema. Quem sugerir que esse é um problema médico por ser resolvido acaba sendo acusado de incitar o genocídio.
A propaganda, no entanto, está tão artificial, tão “forçada”, que muitas pessoas estão finalmente acordando. As redes sociais, sobre as quais a grande mídia ainda não exerce o seu controle, ficaram lotadas de manifestações de repúdio nos últimos dias. São as tímidas vozes do bom senso que finalmente vêm à tona, perturbando as “classes falantes” e mostrando-lhes como a realidade destoa da ilusão liberal que existe em suas cabeças. Nunca o abismo entre o que pensam artistas e jornalistas e o que aspira a população brasileira ficou tão evidente. Só para citar alguns exemplos recentes:
A população brasileira é, em sua esmagadora maioria, contrária ao aborto. Os atores globais, porém, não se intimidam e gravam vídeos defendendo abertamente a legalização da prática. O “Fantástico” faz o mesmo.
A população brasileira é, em sua maioria, assumidamente cristã. Os artistas globais, no entanto, não têm nada a ver com isso. Se exposições de arte achincalham símbolos religiosos e fazem troça da fé católica, eles militam pela “liberdade de expressão”.
A população brasileira já demonstrou, enfim, que não quer a ideologia de gênero nem nas escolas, quanto menos em suas casas. A Rede Globo, porém, dá de ombros e procura enfiar essa ideologia “goela abaixo” das famílias, custe o que custar.
As diferenças são tão discrepantes que restou à Rede Globo tão somente “apelar”. Por isso os transgêneros em horário nobre, por isso as cenas de sexo cada vez mais escrachadas, mais despudoradas, mais explícitas; por isso os debates com “um lado só”: tudo para criar a falsa impressão de “unanimidade”, para tentar fazer a dona Maria e o seu João acreditarem que o mundo inteiro “saiu do armário”, enquanto eles, pobrezinhos, ainda acreditam no mito burguês da família, de Deus e da propriedade.
Por essa razão, como o lado de lá está obstinado, não nos basta simplesmente protestar. O que as pessoas poderiam esperar, no fim das contas, da emissora que ajudou a legalizar a desgraça do divórcio no Brasil?
Mais do que soltar notas de repúdio na Internet, portanto, já está passando da hora de desligarmos nossos televisores e retirá-los do lugar de destaque que eles ocupam em nossas salas de estar. É preciso restaurar nos lares o lugar que era ocupado pelos santos, pelos oratórios, pelo Rosário em família, pelas conversas sadias, pela convivência entre pais e filhos.
Lembremo-nos do que disse certa vez um Papa aos brasileiros: “É preciso dizer não àqueles meios de comunicação social que ridicularizam a santidade do matrimônio e a virgindade antes do casamento”. É a única maneira de respondermos ao desespero dos que sabem ser essa a última hora de que dispõem para fazer afundar de vez a família brasileira.
A influência da novela na destruição da Familia
A sociedade, hoje, está em constante transformação e evolução, mas muitas dessas mudanças não trazem benefícios para nós cristãos, porque os valores éticos estão sendo distorcidos. Um exemplo clássico, presente nos lares brasileiros, são as novelas que, atualmente, vêm construindo uma ideologia de antivalores.
Enquanto a Igreja procura evangelizar as pessoas para que possam viver uma vida segundo os ensinamentos deixados por Jesus Cristo, a maioria das novelas têm o papel de deturpar os valores cristãos como a instituição da família.
Estudos como o da pesquisa do ‘Banco Interamericano de desenvolvimento’ comprovam que as novelas, realmente, podem gerar nas pessoas essas mudanças de comportamento.
“Sem dúvida alguma, isso é uma realidade que já está comprovada com estudos profundos, os quais mostram como as novelas da Globo, durante as décadas de 70 e 80, alteraram o hábito das famílias. Um estudo comprovado cientificamente pode medir exatamente a diferença de comportamento entre as pessoas, podendo ser comparado com o sinal da TV Globo, pois, naquela época, as novelas eram as que mais dominavam e o sinal não era forte em todos os lugares do país. Onde o sinal era fraco, os modos foram menos alterados, mas, onde o sinal era mais forte, alteraram-se mais”, citou padre Paulo.
Outro ponto abordado, durante a entrevista, é o fato de que, hoje, as crianças e os adolescentes acompanham novelas e seriados que mostram uma visão distorcida de família e dos relacionamentos. O sacerdote alerta que quanto mais cedo as crianças forem expostas a esses padrões não cristãos, provavelmente se tornarão jovens e adultos influenciados por esse ambiente apresentado pela televisão.
“A realidade das crianças é diferente da dos adultos, porque este tipo de programação tem em vista mudar a conduta dos destes. Já para as crianças, o objetivo é moldar o comportamento delas desde cedo. A própria forma como aquela criança vai crescendo e vendo o mundo já é distorcida e esses desvalores estão destruindo as famílias”, destacou o sacerdote.
Diante de toda realidade apresentada pelas novelas e programas de entretenimento, é preciso que nós, como cristãos, não percamos a essência da Doutrina da Igreja e não nos deixemos ser influenciados pela mídia.
“Não tenham medo de ser família. Sejam família, gastem-se para seus filhos, educando-os para tê-los consigo o quanto mais vocês puderem. Quem educa o filho não é o videogame, a novela, o joguinho nem nada disso, mas o convívio harmonioso com os pais”, disse padre Paulo.
A sociedade, hoje, está em constante transformação e evolução, mas muitas dessas mudanças não trazem benefícios para nós cristãos, porque os valores éticos estão sendo distorcidos. Um exemplo clássico, presente nos lares brasileiros, são as novelas que, atualmente, vêm construindo uma ideologia de antivalores.
Enquanto a Igreja procura evangelizar as pessoas para que possam viver uma vida segundo os ensinamentos deixados por Jesus Cristo, a maioria das novelas têm o papel de deturpar os valores cristãos como a instituição da família.
Segundo o sacerdote, estudos como o da pesquisa do ‘Banco Interamericano de desenvolvimento’ comprovam que as novelas, realmente, podem gerar nas pessoas essas mudanças de comportamento.
“Sem dúvida alguma, isso é uma realidade que já está comprovada com estudos profundos, os quais mostram como as novelas da Globo, durante as décadas de 70 e 80, alteraram o hábito das famílias. Um estudo comprovado cientificamente pode medir exatamente a diferença de comportamento entre as pessoas, podendo ser comparado com o sinal da TV Globo, pois, naquela época, as novelas eram as que mais dominavam e o sinal não era forte em todos os lugares do país. Onde o sinal era fraco, os modos foram menos alterados, mas, onde o sinal era mais forte, alteraram-se mais”, citou padre Paulo.
Outro ponto abordado, durante a entrevista, é o fato de que, hoje, as crianças e os adolescentes acompanham novelas e seriados que mostram uma visão distorcida de família e dos relacionamentos. O sacerdote alerta que quanto mais cedo as crianças forem expostas a esses padrões não cristãos, provavelmente se tornarão jovens e adultos influenciados por esse ambiente apresentado pela televisão.
“A realidade das crianças é diferente da dos adultos, porque este tipo de programação tem em vista mudar a conduta dos destes. Já para as crianças, o objetivo é moldar o comportamento delas desde cedo. A própria forma como aquela criança vai crescendo e vendo o mundo já é distorcida e esses desvalores estão destruindo as famílias”, destacou o sacerdote.
Diante de toda realidade apresentada pelas novelas e programas de entretenimento, é preciso que nós, como cristãos, não percamos a essência da Doutrina da Igreja e não nos deixemos ser influenciados pela mídia.
“Não tenham medo de ser família. Sejam família, gastem-se para seus filhos, educando-os para tê-los consigo o quanto mais vocês puderem. Quem educa o filho não é o videogame, a novela, o joguinho nem nada disso, mas o convívio harmonioso com os pais”, disse padre Paulo.
As novelas e a engenharia social
O que é a cultura woke?
O termo "cultura woke" é uma expressão de origem americana utilizada para se referir a aplicação de narrativas progressistas em diversos tipos de conteúdo, seja em filmes, séries, outros meios de entretenimento e até mesmo em discursos políticos e sociais, expõe o autor Flávio Morgenstern.
Segundo o dicionário inglês de Cambridge, a palavra woke significa: "estar consciente sobre temas sociais e políticos, especialmente o racismo".
Em tradução literal, a palavra woke significa "acordado". Ativistas políticos passaram a utilizar o verbo para designar aqueles que estão "acordados", atentos a questões de justiça social. A expressão brasileira "lacração" é uma das palavras equivalentes à palavra inglesa woke.
Para mostrar o avanço da cultura woke no mundo social e político, o sociólogo François Bonnet escreveu o seguinte trecho em sua coluna no jornal El País:
"Os filmes mais recentes de Hollywood têm elencos com uma diversidade cada vez maior e os homens ficam eclipsados pelo protagonismo de mulheres perfeitas. Os jornais mais tradicionais começaram a falar de “supremacismo branco”. A Nike e até a CIA lançam propagandas em que falam do patriarcado e da interseccionalidade".
Entenda agora o que é a cultura woke e como ela se tornou tão influente.
Para saber mais sobre ideologias políticas e sua influência na história moderna, a Brasil Paralelo está oferecendo gratuitamente o e-book Ideologias Políticas: As Diferentes Correntes. Não perca a oportunidade de conhecer as origens e os principais pensadores da transformação cultural do mundo ocidental dos últimos anos.
Em tradução literal, a palavra woke significa "acordado". Ativistas políticos passaram a utilizar o verbo para designar aqueles que estão "acordados", atentos a questões de justiça social.
Pensadores como o Bispo americano Robert Barron e outros ativistas conservadores, como Ben Shapiro, afirmam que o termo woke para se referir aos adeptos do relativismo moral e de outras políticas progressistas, como a ideologia de gênero
O Bispo Barron afirma que os principais pensadores que geraram a cultura woke são:
Karl Marx;
Friedrich Nietzsche;
Michel Foucault e;
Jean Paul Sartre.
Todos defendiam o relativismo moral em algum grau. A cultura woke afirma que o certo e o errado tornam-se conceitos vagos que variam de pessoa para pessoa, de acordo com sua cultura e criação. Tudo se torna uma questão de ponto de vista e circunstância.
Esse princípio faz com que realidades universais e objetivas sejam descartados. Na cultura woke, "é proibido proibir".
Como consequência lógica desse tipo de pensamento, os arquétipos clássicos da cultura ocidental precisaram ser transformados. A cultura woke busca mudar o pressuposto de que existem realidades naturais e objetivas, como masculinidade, família e liberdade de expressão.
Pensadores contrários à cultura woke, como Bispo Barron, afirmam que esse tipo de pensamento é o inverso da cultura ocidental. Para a filosofia clássica, especialmente o pensamento aristotélico-tomista, o intelecto humano é capaz de analisar a realidade e descobrir leis universais de diversos tipos, como a gravidade, a inércia, e até mesmo valores morais, como os princípios da justiça, liberdade e propriedade.
Cultura woke transformando o mundo, especialmente a indústria cultural
Flavio Morgenstern, escritor e pesquisador em linguagem, afirma que a cultura woke foi adotada por grandes empresas para aumentar seu lucro e poder:
"Quer comprar uma calça? Nos fundilhos virá propaganda pró-GLS. Quer comprar um café? Ele já vem avisando que é um café vegano (como se existissem cafés carnívoros, mas ele avisa). Pensando em um jogo de tabuleiro? Já virá com cartinhas com linguagem neutra.
E quem não se lembra daquele cartão com propaganda contra o patriarcado? Enquanto a universitária se acha super descolada contra o sistema por dar dinheiro pro banqueiro, levantar o punho e tomar cerveja de 20 conto na Vila Madalena. Se eu fosse banqueiro também iria criticar o patriarcado.
Nada melhor para endividar jovem e encher o bolso do que fazê-lo torrar com prazeres imediatos sem preocupação geracional. Isso sem falar na propaganda sexual cada vez mais infantil. O desespero pelos instintos mais primitivos (e venda não é instinto inferior?) é muito forte".
Exemplos de cultura woke
Um dos exemplos da associação da cultura woke com ideologia de gênero e relativismo moral é um episódio promovido pela deputada americana Alexandria Ocasio-Cortez, uma das principais ativistas da cultura woke.
Em suas redes sociais, Alexandria criticou seus colegas por não chamá-la de "latinx", noticiou o Mail Online. Para ela:
"Gênero é fluido, a linguagem é fluida, [você] não precisa fazer drama sobre isso", disse ela em defesa do termo.
Cultura woke nos cinemas
Para Jonathan Pageau, artista e conferencista canadense, a cultura woke se manifesta no cinema através da teoria do parasita pós-moderno.
Segundo ele, ativistas woke não têm buscado criar seus personagens ou suas histórias, mas sim tomar os personagens tradicionais e mudar sua estrutura para favorecer a agenda progressista.
Um dos casos mais emblemáticos foi a nova saga de Star Wars, feita pelos estúdios Disney.
Na saga original, Luke Skywalker era um jovem fazendeiro que teve que passar por diversos momentos de superação e sofrimento para se tornar um herói. Aprendendo a tradição jedi com o mestre Yoda, ele se torna um cavaleiro e luta contra o império dos Sith, fazendo com que seu pai deixe o lado negro da força antes de morrer.
Antes um cavaleiro e herói, os novos filmes apresentaram Luke Skywalker como um homem fraco e ressentido. A heroína da nova saga é Rey, uma jovem que não precisa da sabedoria de seus antepassados ou de treinamento para lutar contra seus inimigos.
Ao encontrar Luke Skywalker, Rey entrega a ele seu antigo sabre de luz, símbolo do cavaleirismo e da ordem Jedi. Luke observa o instrumento e o arremessa do penhasco com desdém, menosprezando a tradição que antes era o norte de sua vida.
A nova saga chega no ápice da cultura woke em uma cena emblemática.
Quando Luke Skywalker vai em direção a biblioteca que guardava os livros sagrados dos Jedi, o mestre Yoda aparece e queima todos os livros.
Luke não acreditava no que estava vendo, todos os livros mais importantes do passado foram destruídos por aquele que outrora era o maior defensor da ordem religiosa.
Vendo a reação de Luke, o mestre Yoda o censura, afirmando que eles deveriam deixar o passado de lado. Yoda diz que os livros não são necessários pois Rey já tem toda a sabedoria que a biblioteca poderia fornecer.
A cultura woke também entrou no mundo do jornalismo. Mancheters tendenciosas e polarizadas são cada dia mais comuns, comprometendo a qualidade da informação que chega até você. Para ter informação de qualidade, focada nos fatos e que traz informações para alem das manchetes, conheça a newsletter Overton.
Outros exemplos de cultura woke nos entretenimentos modernos são:
She-Hulk - além do foco em evidenciar a agenda progressista, a série She Hulk apresenta o Hulk original como um homem manso preocupado com pautas sociais;
Cinderella (2021) - originalmente uma senhora bondosa, a fada madrinha foi transformada em um homem homoafetivo excêntrico;
The Flash (2023) - o roteiro original do filme iria trazer um Super Homem de outro universo, porém, a versão final foi feita com uma Super Mulher, com os produtores afirmando que ela é mais forte que o Super Homem original;
Fonte: https://padrepauloricardo.org/blog/por-que-a-rede-globo-esta-tao-desesperada