O Céu é Grátis? O que a Igreja e a Bíblia ensina sobre o Céu?


Conheça os ensinamentos da Igreja Católica sobre o Céu. O ser humano, naturalmente, busca respostas para suas questões existenciais. As perguntas surgem normalmente: “De onde eu vim? Por que ou para que estou nesta Terra? Para onde vou após a vida terrestre?”. Diante dessas indagações, uma muito frequente são as questões relacionadas ao Céu. Na oração do Pai-Nosso, rezamos que Deus está nos Céus. Mas onde é esse Céu? A Igreja instrui que “essa expressão bíblica não significa um lugar – “o espaço”–, mas uma maneira de ser. Não o afastamento de Deus, mas Sua majestade. Nosso Pai não está “em outro lugar”, Ele está “para além de tudo” quanto possamos conceber a respeito de sua Santidade. Porque Ele é três vezes Santo, está bem próximo do coração humilde e contrito” (Catecismo da Igreja Católica 2794).

Conheça os ensinamentos da Igreja Católica sobre o Céu

O ser humano, naturalmente, busca respostas para suas questões existenciais. As perguntas surgem normalmente: “De onde eu vim? Por que ou para que estou nesta Terra? Para onde vou após a vida terrestre?”. Diante dessas indagações, uma muito frequente são as questões relacionadas ao Céu.

Na oração do Pai-Nosso, rezamos que Deus está nos Céus. Mas onde é esse Céu? A Igreja instrui que “essa expressão bíblica não significa um lugar – “o espaço”–, mas uma maneira de ser. Não o afastamento de Deus, mas Sua majestade. Nosso Pai não está “em outro lugar”, Ele está “para além de tudo” quanto possamos conceber a respeito de sua Santidade. Porque Ele é três vezes Santo, está bem próximo do coração humilde e contrito” (Catecismo da Igreja Católica 2794).

O Céu é mistério de amor eterno

Ninguém será capaz de descrever plenamente como é o Céu, pois é algo inefável, que não há palavras para explicar. São Paulo disse que aos coríntios que: “o que os olhos não viram, nem os ouvidos ouviram, nem o coração humano imaginou (Is 64,4), tais são os bens que Deus tem preparado para aqueles que o amam”. (1Cor 2,9).

Diz o nosso Catecismo que: “Os que morrem na graça e na amizade de Deus, e que estão totalmente purificados, vivem para sempre com Cristo. São para sempre semelhantes a Deus, porque o vêem “tal como ele é” (1Jo 3,2), face a face: (1Cor 13, 12; Ap 22, 4)”. (§1023)

O céu é a comunidade bem-aventurada de todos os que estão perfeitamente incorporados a Ele (§1024-1028)

Jesus Cristo deixou claro: “o meu Reino não é deste mundo” (Jo 18,36), e falou muito do Céu: “De que vale o homem ganhar o mundo inteiro se vier a perder a vida eterna” (Mc 18,36); “ajuntai tesouros no Céu onde a traça e o ladrão não entram…” (Mt 6,20); “os justos resplandecem no Céu” ( Mt 13, 43). Ao moço rico Jesus disse: “Se queres ser perfeito, vai, vende os teus bens, e dá aos pobres,terás um tesouro no Céu” (Mt 18,21).

“Esse mistério de comunhão bem-aventurada com Deus e com todos os que estão em Cristo supera toda compreensão e toda imaginação” (CIC 1027). Por isso, por mais que nos aproximemos do conceito que possa ter o Céu, nossa inteligência jamais conseguirá esgotar o mistério celeste, pois nossa razão é finita e limitada, e as questões celestes são infinitas e ilimitadas por estarem no grau supremo de eternidade, que transcende todo e qualquer conhecimento humano. Porém, podemos entender o Céu por comparação ou analogia, e claro, por experiências com Deus.

O próprio Catecismo conduz o significado de Céu para uma linguagem mais acessível e compreensível ao dizer que “o céu ou céus pode designar o firmamento, mas também o ‘lugar’ próprio de Deus: ‘nosso Pai nos céus’ (Mt 5,16) e, por conseguinte, também o ‘céu’, que é a glória escatológica. Finalmente, a palavra ‘céu’ indica o ‘lugar’ das criaturas espirituais – os anjos – que estão ao redor de Deus” (CIC 326). Essa é uma forma de ilustrar a noção de Céu para nosso restrito entendimento, pois esse é um mistério que o homem não consegue findar, porque transcende sua razão.

Mas como é o Céu? O Catecismo nos ensina muitas coisas: “Essa vida perfeita com a Santíssima Trindade, essa comunhão de vida e de amor com Ela, com a Virgem Maria, os Anjos e todos os Bem aventurados, é denominada “o Céu”. O Céu é o fim último e a realização das aspirações mais profundas do homem, o estado de felicidade suprema e definitiva. Viver no Céu é “viver com Cristo” (Jo 14, 3; Fl 1,23; 1Ts 4, 17). Os eleitos vivem “nele”, mas lá conservam – ou melhor, lá encontram – sua verdadeira identidade, seu nome próprio (Ap 2, 17). Por sua morte e Ressurreição Jesus Cristo nos “abriu” o Céu. A vida dos bem-aventurados consiste na posse em plenitude dos frutos da redenção operada por Cristo, que associou à sua glorificação celeste os que creram nele e ficaram fiéis à sua vontade. O céu é a comunidade bem-aventurada de todos os que estão perfeitamente incorporados a Ele.” (§1024-1028)

A Igreja ensina que na glória do Céu os bem-aventurados continuam a cumprir com alegria a vontade de Deus em relação aos outros homens e à criação inteira. Já reinam com Cristo; “com Ele reinarão pelos séculos dos séculos.” (Ap 22,5; Mt 25, 21. 23)

Jesus Cristo venceu a morte e nos concedeu o Céu

“Por sua Morte e Ressurreição, Jesus Cristo nos abriu os Céus. A vida dos bem-aventurados consiste na posse em plenitude dos frutos da redenção operada por Cristo, que associou a sua glorificação celeste os que creram nele e que ficaram fiéis á sua vontade. O céu é a comunidade bem-aventurada de todos os que estão perfeitamente incorporados a Ele” (CIC 1026).

Diante da pergunta, como será habitar no Paraíso Celeste? A Igreja nos ensina que “viver no Céu é viver com Cristo. Os eleitos vivem nele, mas lá conservam – ou melhor, lá encontram – sua verdadeira identidade, seu próprio nome” (CIC 1025). Pois, “o céu, a Casa do Pai, constitui a verdadeira pátria para onde nos dirigimos e à qual já pertencemos” (CIC 2802).

Assim, a morte não é o fim para os que creem, pelo contrário, “os que morrem na graça e na amizade de Deus, e que estão totalmente purificados, vivem para sempre com Cristo. São para sempre semelhantes a Deus, porque o veem “tal como Ele é” (1 Jo 3,2), face a face. […]. O Céu é o fim último e a realização das aspirações mais profundas do homem, o estado de felicidade suprema e definitiva” (CIC 1023-1024).

O Céu e a Glória de Deus

Viemos de Deus e somos Seus filhos, estamos aqui, nesta Terra, para viver em Deus, e um dia voltaremos para Ele. Lá, o que Ele “preparou para os que o amam é algo que os olhos jamais viram, nem os ouvidos ouviram, nem coração algum jamais pressentiu” (1Cor 2,9).

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Enquanto não se vai para junto do Pai, no Céu, ou ao encontro com Jesus Cristo, quando em sua segunda vinda gloriosa e definitiva, cabe a cada um de nós proclamar, em nosso caminho nesta terra, que “o Reino dos Céus está próximo” (Mt 10,7). Anunciar o tempo da graça e a novidade de vida pela experiência pessoal com Jesus Cristo no poder do Espírito Santo.

Alguns perguntam se no Céu veremos os nossos entes queridos; São Tomás de Aquino, responde: “A contemplação da Essência divina não absorve os santos de maneira a impedir-lhes a percepção das coisas sensíveis, a contemplação das criaturas e a sua própria ação. Reciprocamente, essa percepção, essa contemplação e essa ação não os podem distrair da visão beatífica de Deus. Assim era em relação a Nosso Senhor aqui na terra” (Suma Teológica 30,84). Disse Santo Agostinho, na “Cidade de Deus”, diz que os bem-aventurados “formarão uma cidade, onde terão todos uma só alma e um só coração, de tal sorte que, na perfeição dessa unidade, os pensamentos de cada um não serão ocultos aos outros”.

Jesus ensina que no Céu não haverá mais casamento, e que seremos como Anjos; isto é, a realidade da vida conjugal, sexual, etc. já não haverá, é uma realidade da terra. No Céu nossa alma desposará o próprio Senhor. São Francisco Xavier, lá das Indias, escrevia a Santo Inácio de Loyola, seu pai espiritual: “Dizeis, no excesso de vossa amizade por mim, que desejareis ardentemente ver-me ainda uma vez antes de morrer. De fato, não nos tornaremos a ver na terra senão por meio de cartas. Mas no Céu, ah! Se-lo-á face a face! E então como nos abraçaremos! “ (Cartas de São Francisco Xavier, 93, nº 3).

Nesse gloriosíssimo dia da Segunda Vinda de Jesus, que “ninguém tem conhecimento, nem os anjos do céu nem mesmo o Filho, só o Pai” (1Cor 13,32), não haverá mais dor, sofrimento, doença, angústia, tristeza, abatimento e desespero, porque “agora nós vemos num espelho, confusamente; mas, então, veremos face a face” (1Cor13,12), porque estaremos eternamente na Glória de Deus.

Fonte: https://formacao.cancaonova.com/igreja/doutrina/ceu-o-que-igreja-ensina/

https://blog.cancaonova.com/felipeaquino/2012/11/25/como-e-o-ceu/

 

 

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