É possível ser Católico vivendo amancebado (Fornicação)?


Infelizmente, a fornicação entre namorados e noivos vai se tornando corriqueira nos dias atuais. E muitos hoje, em um grande pré-conceito em relação à fé católica, acreditam que a Santa Igreja vê o sexo como algo mau, impuro ou pecaminoso, e isso é um engano. Os primeiros cristãos já ensinavam, em consonância com a própria tradição judaica, que a fornicação é pecado (cf. At 21, 25; 1 Cor 6, 18; Gl 5, 19; Ef 5, 3). A revelação do próprio Deus, que condenou essa conduta ainda na Antiga Lei (cf. Dt 17, 23; Tb 4, 13), reiterando essa proibição na Nova Aliança, seja pelas palavras de seu Filho (cf. Mt 5, 28), seja pelas palavras dos Apóstolos (já referidas acima) e dos seus sucessores.

 Muitos hoje, em um grande pré-conceito em relação à fé católica, acreditam que a Santa Igreja vê o sexo como algo mau, impuro ou pecaminoso, e isso é um engano. Os primeiros cristãos já ensinavam, em consonância com a própria tradição judaica, que a fornicação é pecado (cf. At 21, 25; 1 Cor 6, 18; Gl 5, 19; Ef 5, 3). A revelação do próprio Deus, que condenou essa conduta ainda na Antiga Lei (cf. Dt 17, 23; Tb 4, 13), reiterando essa proibição na Nova Aliança, seja pelas palavras de seu Filho (cf. Mt 5, 28), seja pelas palavras dos Apóstolos (já referidas acima) e dos seus sucessores. 

Infelizmente, a fornicação entre namorados e noivos vai se tornando corriqueira

Entre os pecados contra a castidade (adultério, pornografia, estupro, masturbação, prática homossexual etc.) está a fornicação, que é a realização do ato sexual entre um homem e uma mulher que não são casados entre si nem com outros. É pecado contra o sexto mandamento da Lei de Deus. O Catecismo da Igreja Católica (CIC) assim explica:

““A fornicação é a união carnal fora do casamento entre um homem e uma mulher livres. É gravemente contrária à dignidade das pessoas e da sexualidade humana, naturalmente ordenada para o bem dos esposos, bem como para a geração e a educação dos filhos”” (CIC § 2353).

Infelizmente, dentro do relativismo religioso e moral, que vai penetrando na Igreja, até mesmo na cabeça de alguns sacerdotes, a fornicação entre namorados e noivos vai se tornando corriqueira e muitos a querem justificar e até aprovar. Não é raro ouvir jovens contarem de padres que dizem não ser pecado viver o sexo com o (a) namorado (a) se eles se amam.

No entanto, para sermos fiéis a Deus e à Igreja não podemos aceitar essa grave quebra da moral católica. Apresento a seguir algumas passagens bíblicas que mostram como Deus condena a fornicação como pecado grave:

“”Guarda-te, meu filho, de toda a fornicação: fora de tua mulher, não te autorizes jamais um comércio criminoso”” (Tobias 4,13).

“”Envergonhai-vos da fornicação, diante de vosso pai e de vossa mãe; e da mentira, diante do que governa e do poderoso”” (Eclesiástico 41,21).

““Mas a respeito dos que creram dentre os gentios, já escrevemos, ordenando que se abstenham do que for sacrificado aos ídolos, do sangue, da carne sufocada e da fornicação”” (Atos dos Apóstolos 21,25).

““Mas o corpo não é para a fornicação, e sim para o Senhor, e o Senhor é para o corpo”” (I Coríntios 6,13).

“”Não sabeis que vossos corpos são membros de Cristo?” (id. v.15)

““Fugi da fornicação. Qualquer outro pecado que o homem comete é fora do corpo, mas o impuro peca contra o seu próprio corpo”” (id. v. 18).

““Ou não sabeis que o vosso corpo é templo do Espírito Santo, que habita em vós, o qual recebestes de Deus e que, por isso mesmo, já não vos pertenceis? Porque fostes comprados por um grande preço. Glorificai, pois, a Deus no vosso corpo”” (id. v. 19-20).

““Receio que à minha chegada entre vós Deus me humilhe ainda a vosso respeito; e tenha de chorar por muitos daqueles que pecaram e não fizeram penitência da impureza, fornicação e dissolução que cometeram”” (II Coríntios 12,21).

““Ora, as obras da carne são estas: fornicação, impureza, libertinagem”” (Gálatas 5,19).

““Quanto à fornicação, à impureza, sob qualquer forma, ou à avareza, que disto nem se faça menção entre vós, como convém a santos”” (Efésios 5,3).

Penso que essas passagens bíblicas falam por si mesmas e não podem ser anuladas. A Palavra da Igreja é para nós a Palavra de Cristo e de Deus Pai: “Quem vos ouve, a mim ouve; e quem vos rejeita, a mim rejeita; e quem me rejeita, rejeita aquele que me enviou” (Lucas 10,16). E a Igreja, desde sempre, ensinou que a vida sexual só é lícita entre marido e mulher unidos pelo sacramento do matrimônio. Diz o Catecismo da Igreja Católica (CIC):

“A sexualidade, mediante a qual o homem e a mulher se doam um ao outro com os atos próprios e exclusivos dos esposos, não é em absoluto algo puramente biológico, mas diz respeito ao núcleo íntimo da pessoa humana como tal. Ela só se realiza de maneira verdadeiramente humana se for parte integral do amor com o qual homem e mulher se empenham totalmente um para com o outro até a morte” (CIC § 2361).

“”Pela união dos esposos realiza-se o duplo fim do matrimônio: o bem dos cônjuges e a transmissão da vida. Esses dois significados ou valores do casamento não podem ser separados sem alterar a vida espiritual do casal e sem comprometer os bens matrimoniais e o futuro da família. Assim, o amor conjugal entre o homem e a mulher atende à dupla exigência da fidelidade e da fecundidade”” (CIC §2363).

Hoje, é terrível a luta do jovem cristão contra o pecado da carne, porque o mundo– “que jaz no maligno” –se movimenta em torno do prazer do sexo, e calca aos pés a sagrada Lei de Deus. Mas não podemos esquecer o que disse o apóstolo: “”O salário do pecado é a morte”” (Rm 6,23). Conheço muitos que sofrem e que sofreram por se entregarem ao pecado da carne, mas não conheço alguém infeliz por ter lutado contra ele. A Carta aos Hebreus diz que “devemos “resistir até o sangue na luta contra o pecado”” (Hb 12,4).

É certo que para todos é dura a luta contra as paixões da carne, – para os solteiros e para os casados –, mas é preciso dizer que quanto mais árdua for essa luta tanto maior será a vitória e a glória que daremos a Deus em nosso corpo. A Igreja ensina o remédio contra o pecado: jejum, esmola e oração.

Jesus disse aos apóstolos no Horto das Oliveiras: “”Vigiai e orai, o espírito é forte, mas a carne é fraca””. Então, temos de fortalecer a vontade com a penitência, a mortificação, a oração sem cessar, e, sobretudo, a vigilância. Tudo o que entra na alma, entra pelos sentidos (olhos, mãos, nariz, boca e ouvidos); é preciso vigiá-los contra tudo que leve excitação para a alma.

Os maiores remédios que a Igreja põe à nossa disposição, continuamente, são a confissão e a Eucaristia; a primeira lava o corpo e a alma da fornicação; a segunda a sustenta para não cair novamente. Essa é uma luta que muito agrada a Deus, porque a castidade é uma grande virtude.

Um olhar mais aprofundado sobre a doutrina católica mostra a imensa dignidade na qual a Santa Igreja vê a sexualidade. Diz o Catecismo da Igreja Católica que "a união do homem e da mulher no casamento é uma maneira de imitar na carne a generosidade e a fecundidade do Criador. (…) Dessa união procedem todas as gerações humanas." (Catecismo da Igreja Católica, 2335)..

Diz também o Catecismo ainda que, pela sexualidade, “os esposos participam do poder criador e da paternidade de Deus.” (Catecismo da Igreja Católica, 2367) Isso está claro já nos primeiros capítulos da Sagrada Escritura, quando Deus cria o homem e a mulher à sua imagem e semelhança, e lhes diz: “Frutificai, e multiplicai-vos, enchei a terra e submetei-a.” (Gn 1,28) E mais adiante: “Por isso o homem deixa seu pai e sua mãe para se unir à sua mulher; e já não são mais que uma só carne.” (Gn 2,24)

Se, portanto, a Santa Igreja crê que:

    * pela sexualidade o homem e a mulher imitam a generosidade de Deus
    * Deus condiciona ao ato sexual nada menos do que a geração de uma nova vida humana
    * pelo ato sexual os esposos participam do poder criador de Deus
    * o próprio Deus ordena que, em sua vocação natural, o homem e mulher se unam no ato sexual

Como se poderá afirmar que a fé católica vê o sexo como algo mau, impuro ou pecaminoso?

Foi o próprio Deus, ainda, que dispôs a natureza de forma à haver prazer no ato que perpetua a espécie humana – da mesma forma que normalmente há prazer natural em todos os atos humanos necessários para a sobrevivência e perpetuação da espécie: comer, beber, dormir, e assim por diante.

O Sagrado Magistério da Igreja ensina ainda que não há problema algum em os esposos desejarem este prazer no ato sexual e o gozarem, desde que isso seja vivido nos justos limites. Nesse sentido, o saudoso Papa Pio XII nos ensina: "O próprio Criador estabeleceu que nesta função os esposos sentissem prazer e satisfação no corpo e no espírito. Portanto, os esposos não fazem nada de mal em procurar este prazer e em gozá-lo. Eles aceitam o que o Criador lhes destinou. Contudo, os esposos devem manter-se nos limites de uma moderação justa." (Catecismo da Igreja Católica, 2362)

 Finalidades procriadora e unitiva

Quais seriam estes justos limites? É aquilo que a fé católica chama de virtude da castidade. O Catecismo da Igreja Católica nos ensina: "A castidade significa a integração correta da sexualidade na pessoa." (Catecismo da Igreja Católica, 2347) E ainda: "Todos os fiéis de Cristo são chamados a levar uma vida casta segundo seu estado de vida." (Catecismo da Igreja Católica, 2348) Ou seja, a virtude da castidade consiste na maneira correta de viver a sexualidade. Cada membro da Santa Igreja é chamado por Nosso Senhor Jesus Cristo à viver a castidade segundo a sua vocação.

Para isso, precisamos compreender que o ato sexual naturalmente tem duas finalidades: a finalidade unitiva, que diz respeito ao bem e à santificação do casal, e a finalidade procriadora, que diz respeito à geração da vida. Diz o Catecismo: "Salvaguardando esse dois aspectos essenciais, unitivo e procriador, o ato conjugal conserva integralmente o sentido de amor mútuo e verdadeiro e sua ordenação para altíssima vocação do homem para a paternidade." (Catecismo da Igreja Católica, 2369)

O prazer é consequência natural do ato conjugal, e não finalidade do ato. Assim, qualquer atitude que faça uso da sexualidade buscando o “prazer pelo prazer”, fora da sua finalidade unitiva ou fechando-se intencionalmente à sua finalidade procriadora, é uma atitude imoral.

3. Pecados contra a castidade

O Catecismo especifica: "Entre os pecados gravemente contrários à castidade é preciso citar a masturbação, a fornicação, a pornografia e as práticas homossexuais." (Catecismo da Igreja Católica, 2396)

A masturbação atenta tanto contra a finalidade unitiva do ato sexual, quanto contra a finalidade procriadora, e por isso é si mesmo imoral. Diz o Catecismo: "Por masturbação se deve entender a excitação voluntárias dos órgãos genitais a fim de conseguir um prazer venéreo. (…) A masturbação é um ato intrínseca e gravemente desordenado. Qualquer que seja o motivo, o uso deliberado da faculdade sexual fora das relações conjugais normais contradiz sua finalidade." (Catecismo da Igreja Católica, 2352)

Embora a masturbação seja em si mesmo imoral, certos fatores psicológicos podem atenuar a culpabilidade do ato, de forma que, em certas circunstâncias, possa ser apenas um pecado venial ou não ser nem mesmo pecado, embora seja sempre um ato imoral (Catecismo da Igreja Católica, 2352).

A fornicação é a "união carnal fora do casamento entre um homem e mulher livres." (Catecismo da Igreja Católica, 2353) Atenta contra a finalidade unitiva do ato sexual, pois é praticado fora do compromisso definitivo entre homem e mulher que se dá no matrimônio. O contexto adequado para o ato sexual é, portanto, o matrimônio, e jamais o namoro, nem mesmo o noivado. A fornicação "é gravemente contrária à dignidade das pessoas e da sexualidade humana, naturalmente ordenada para o bem dos esposos, bem como para a geração e educação dos filhos." (Catecismo da Igreja Católica, 2353)

Diz o Catecismo que "a homossexualidade designa as relações entre homens e mulheres que sentem atração sexual, exclusiva ou predominantemente, por pessoas do mesmo sexo. (…) Apoiando-se na Sagrada Escritura, que os apresenta como depravações graves, a tradição sempre declarou que os atos de homossexualidade são intrinsecamente desordenados. São contrários à lei natural. Fecham o ato sexual ao dom da vida. Não procedem de uma complementaridade afetiva e sexual verdadeira. Em caso algum podem ser aprovados. As pessoas homossexuais são chamadas à castidade." (Catecismo da Igreja Católica, 2357)

A Santa Igreja, porém, acolhe e respeita o homossexual enquanto pessoa, embora não aprove as práticas homossexuais; ela ama o pecador, mas odeio o pecado. Diz o Catecismo: "Um número não negligenciável de homens e mulheres apresenta tendências homossexuais inatas. Não são eles que escolhem sua condições homossexual; para a maioria, pois, esta constitui uma provação. Devem ser acolhidos com respeito, compaixão e delicadeza. Evitar-se-á para com eles todo sinal de descriminação injusta. Estas pessoas são chamadas a realizar a vontade de Deus na sua vida e, se forem cristãs, a unir ao sacrifício da cruz do Senhor as dificuldades que podem encontrar por causa de sua condição. As pessoas homossexuais são chamadas à castidade. Pelas virtudes de autodomínio, educadoras da liberdade interior, às vezes pelo apoio de uma amizade desinteressada, pela oração e pela graça sacramental, podem e devem se aproximar, gradual e resolutamente, da perfeição cristã." (Catecismo da Igreja Católica, 2359)

Castidade no matrimônio

Opõe-se à castidade no matrimônio:

    * O adultério
    * O espaçamento do nascimento dos filhos sem razões justas (sejam elas físicas, psicológicas, econômicas, etc)
    * O espaçamento do nascimento dos filhos por métodos contraceptivos artificiais, que tornam o ato sexual intencionalmente infecundo

No matrimônio, "os dois se doam definitiva e totalmente um ao outro. Não são mais dois, mas formam doravante uma só carne. A aliança contraída livremente pelos esposos lhes impõe a obrigação de a manter una e indissolúvel." (Catecismo da Igreja Católica, 2364) O adultério designa a "infidelidade conjugal. Quando dois parceiros, dos quais um é casado, estabelecem entre si uma relação sexual, mesmo efêmera, cometem adultério." (Catecismo da Igreja Católica, 2380)

Como no matrimônio há uma união indissolúvel, se o matrimônio é válido e uma das partes do casal contrai a chamada "segunda união", comete adultério. Se, por condições particulares, a convivência enquanto casal torna-se impossível, e havendo dúvidas sobre a validade do matrimônio supostamente contraído (existem diversas razões que podem haver comprometido sua validade), deve-se procurar os Tribunais Eclesiásticos para avaliar se o matrimônio realmente existiu ou não.

Sobre isso, assim se expressou recentemente o Santo Padre Bento XVI: "Nos casos em que surjam legitimamente dúvidas sobre a validade do Matrimônio sacramental contraído, deve fazer-se tudo o que for necessário para verificar o fundamento das mesmas. Há que assegurar, pois, no pleno respeito do direito canônico, a presença no território dos tribunais eclesiásticos, o seu caráter pastoral, a sua atividade correta e pressurosa; é necessário haver, em cada diocese, um número suficiente de pessoas preparadas para o solícito funcionamento dos tribunais eclesiásticos. (…) Enfim, caso não seja reconhecida a nulidade do vínculo matrimonial e se verifiquem condições objetivas que tornam realmente irreversível a convivência, a Igreja encoraja estes fiéis a esforçarem-se por viver a sua relação segundo as exigências da lei de Deus, como amigos, como irmão e irmã; deste modo poderão novamente abeirar-se da mesa eucarística, com os cuidados previstos por uma comprovada prática eclesial." (Sacramentum Caritatis, 29)

Deve-se observar que um matrimônio consumado jamais poderá ser anulado, mas sim, declarado que, por condições específica, sempre foi inválido.

Diz o Catecismo: "A fecundidade é um dom, um fim do matrimônio, porque o amor conjugal tende naturalmente a ser fecundo. (…) A Igreja, que está do lado da vida, ensinada que qualquer ato matrimonial deve estar aberto à transmissão da vida." (Catecismo da Igreja Católica, 2366) Porém, "por razões justas, os esposos podem querer espaçar o nascimento dos filhos. Cabe-lhes verificar que seu desejo não provém do egoísmo, mas está de acordo com a justa generosidade de uma paternidade responsável. Além disso, regularão seu comportamento segundo os critérios objetivos da moral. (…) A continência periódica, os métodos de regulação da natalidade baseados na auto-observação e no recurso aos períodos infecundos estão de acordo com os critérios objetivos da moralidade. Estes métodos respeitam o corpo dos esposos, animam a ternura entre eles e favorecem a educação de uma liberdade autêntica. Em compensação, é intrinsecamente má toda ação que, ou em previsão do ato conjugal, ou durante a sua realização, ou também durante o desenvolvimento de suas consequências naturais, se proponha, como fim ou como meio, tornar impossível a procriação." (Catecismo da Igreja Católica, 2368-2370).

Como foi dito acima, as razões justas para espaçar o nascimento podem ser tanta físicas, como psicológicas, financeiras, e assim por diante (ver encíclica Humanae Vitae, n. 16), e isso é moralmente lícito se for feito através do métodos naturais. Existe um método de observação do corpo da mulher chamado método Billings, muito seguro se bem utilizado (segurança de 97%, segundo a Organização Mundial da Saúde). Uma rápida pesquisa na Internet mostrará muitas informações sobre ele, mas para aprender a utilizá-lo é importante procurar um instrutor experiente.

Por outro lado, é  absolutamente imoral o uso de métodos contraceptivos que tornam o ato sexual infecundo (tais como: camisinha, pílula anticoncepcional, DIU, laqueadura e vasectomia), se utilizados com a intensão de fechar o ato sexual para a geração da vida. Nesses casos, e nos casos que mesmo por meios naturais o casal espaça o nascimento dos filhos sem razões justas para isso, a atitude se reveste de grande gravidade, pois o casal se fecha para a geração de vidas que se comprometeu à acolher quando assumiu o Matrimônio.

Luta pela castidade

O Catecismo cita ainda a luxúria como "um desejo desordenado ou um gozo desordenado do prazer venéreo. O prazer sexual é moralmente desordenado quando buscado por si mesmo, isolado das finalidade da procriação e du união." (Catecismo da Igreja Católica, 2351) Aqui deve-se destinguir entre o "sentir" e o "consentir"; o sentir desejo sexual de forma desordenada é natural devido as consequências do pecado original em nós, e por isso mesmo não é imoral; o "consentir" no desejo desordenado, isto é, a atitude que tomamos em relação à este desejo desordenado é que pode ser virtuosa ou imoral, pois o pecado implica vontade. Esta atitude imoral pode ser tanto um comportamento externo ou uma atitude interna de "curtir" o desejo desordenado – e nesse sentido Nosso Senhor Jesus Cristo fala em cometer um adultério através do olhar (Mateus 6, 27-28).

Com toda a certeza são necessárias renúncias para viver a castidade. O próprio Senhor nos diz: "Aquele que quer me seguir, tome a sua cruz e siga-me. De que vale ganhar o mundo inteiro se vier à perder a sua alma?" (Mateus 16, 16) Por outro lado, reconhecer a necessidade da renúncia da sexualidade desordenada de forma nenhuma significa que o sexo, em si mesmo, é algo mau, impuro ou pecaminoso. Muito pelo contrário! Significa que a sexualidade é algo tão cheio de dignidade que não pode ser vivido de qualquer maneira.

O próprio Santo Padre Bento XVI escreveu à respeito do amor que os gregos chamavam de "eros", isto é, o amor entre homem e mulher: "Na crítica ao cristianismo que se foi desenvolvendo com radicalismo crescente a partir do iluminismo, esta novidade foi avaliada de forma absolutamente negativa. Segundo Friedrich Nietzsche, o cristianismo teria dado veneno a beber ao eros, que, embora não tivesse morrido, daí teria recebido o impulso para degenerar em vício. Este filósofo alemão exprimia assim uma sensação muito generalizada: com os seus mandamentos e proibições, a Igreja não nos torna porventura amarga a coisa mais bela da vida? Porventura não assinala ela proibições precisamente onde a alegria, preparada para nós pelo Criador, nos oferece uma felicidade que nos faz pressentir algo do Divino? Mas, será mesmo assim? O cristianismo destruiu verdadeiramente o eros? (…) São necessárias purificações e amadurecimentos, que passam também pela estrada da renúncia. Isto não é rejeição do eros, não é o seu « envenenamento », mas a cura em ordem à sua verdadeira grandeza." (Deus Caritas Est, 3-5)

Santo Afonso de Ligório, doutor da Igreja, nos ensina: "Depois da queda de Adão, rebelaram-se os sentidos contra a razão, e não há para o homem mais difícil virtude a praticar do que a castidade." (Glórias de Maria, Tratado 3, cap. VI) Mas já dizia um grande sábio que "a juventude não foi feita para o prazer, mas para o heroísmo."

Para viver a castidade, é necessário, portanto, buscarmos:

    * Vida de oração profunda
    * Participação frequente no Santo Sacrifício da Missa e na Comunhão Eucarística
    * Devoção à Santíssima Virgem, grande modelo de castidade
    * Vigilância em relação à tentações
    * Fuga das ocasiões mais prováveis de queda
    * Busca do Sacramento da Confissão sempre que for necessário

É um desafio que vale a pena!

Fonte: https://www.comshalom.org/sexualidade-e-castidade/

 

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