Em 1683, o tradutor da Bíblia protestante em língua Portuguesa, João Ferreira de Almeida, passa a adulterar as Sagradas Escrituras, colocando o termo “Imagens de Escultura” no lugar de “Ídolo”.
Mas antes de adentrar nesse assunto vamos explicar as diferenças entre “ídolo e Imagens”
ídolo é uma imagem de um falso deus. Imagem é uma representação de algo inanimado, de um animal ou de uma pessoa. Portanto, a imagem de Nossa Senhora, dos Anjos e dos Santos, não é uma imagem de uma deusa, ou imagens de deuses.
Deus proíbe a idolatria e não o uso de imagens
O mesmo Deus, no mesmo livro do Êxodo em que proíbe que sejam feitas imagens de ídolos ( falsos deuses), manda Moisés fazer dois querubins de ouro = Imagens de Anjos ( que não são deuses) e colocá-los por cima da Arca da Aliança (Ex 25, 18-20). Manda-lhe, também, fazer uma imagem de uma serpente de bronze ( que também não é uma divindade) e colocá-la por cima duma haste, para curar os mordidos pelas serpentes venenosas (Num 21, 8-9). Manda, ainda, a Salomão enfeitar o templo de Jerusalém com imagens de querubins, palmas, flores, bois e leões (I Reis 6, 23-35 e 7, 29).
Ora, se Deus manda fazer imagens em várias passagens das Sagradas Escrituras (Ex 25, 17-22; 1Rs 6, 23-28; 1 Rs 6, 29s; Nm 21, 4-9; 1Rs 7, 23-26; 1 Rs 7, 28s; etc) e proíbe que se façam imagens em outra, de duas uma, ou Deus é contraditório ou fazer imagens não é idolatria!
Portanto, fica claro que o erro não está nas imagens, mas no tipo de culto que se presta à elas. Errado é o culto de adoração aos falsos deuses, e o certo é o culto de veneração aos Anjos, Santos e Nossa Senhora que nãos são deuses.
Então, vamos voltar as Traduções de João Ferreira de Almeida
Não se sabe se Almeida sabia hebraico, mas há uma certeza de que nunca teve às mãos os originais da Bíblia, e sim, escritos do século XVI de Erasmo de Roterdan. Por isso o protestantismo atual não sabendo destas falsas traduções, aprendeu através de várias décadas e gerações a acusar os Católicos de adorar imagens.
Mas vamos para alguns escritos nos originais!
A palavra
foi escrita em hebraico e se lê “pesel”, que se traduz no grego como “êidolon” e em português como “ídolo”. Confira então algumas falsificações, em Êxodo 20,4; Isaías 42,8; Isaías 42,17; 44,9; 44,10; 44,17 onde nos originais estão as palavras “ídolos”.
Agora vamos para a Bíblia João Ferreira de Almeida em (Isaías 42,8) veja com está: “Eu sou o Senhor; este é o meu nome; a minha glória, pois, a outrem não darei, nem o meu louvor às imagens de escultura“.
Vejamos como está na Bíblia Católica que veio dos originais: “Eu sou o Senhor, esse é meu nome, a ninguém cederei minha glória, nem a ídolos minha honra”. Obs: Aqui Deus está falando de falsos deuses ( ídolo)
Agora vamos para (Isaías 44, 9) na Bíblia João Ferreira de Almeida: “Todos os artífices de imagens de escultura são vaidade, e as suas coisas mais desejáveis são de nenhum préstimo; e suas mesmas testemunhas, nada vêem nem entendem para que sejam confundidos”.
Confira na Bíblia Católica: “Os fabricantes de ídolos nada são e suas preciosas obras nada valem; para confusão deles, suas testemunhas não sabem ver nem compreender.”
Outro erro de tradução na Bíblia João Ferreira de Almeida está em (Tito 1, 3-1) que diz: “Admoesta-os a que se sujeitem aos principados e potestades” sendo que a verdadeira tradução vinda dos originais é: “Admoesta-os a que sejam submissos aos magistrados e às autoridades”. As palavras aqui não tem nada a ver uma com as outras.
João Ferreira de Almeida criminosamente também usou a palavra “procissão” em Isaías 45,20 para condenar as imagens, trazendo assim mais um pretexto para negar as procissões Católicas. Vamos conferir então como está na Bíblia João Ferreira de Almeida. “Congregai-vos, e vinde; chegai-vos juntos, os que escapastes das nações; nada sabem os que conduzem em procissão as suas imagens de escultura, feitas de madeira, e rogam a um deus que não pode salvar.
Agora vamos para a Bíblia Católica: “Vinde, reuni-vos todos, aproximai-vos, vós que fostes salvos dentre as nações! Nada disso compreendem aqueles que trazem seu ídolo de madeira, aqueles que oram a um deus impotente para salvar”.
Só que os erros de tradução não param aí. João Ferreira de Almeida comete vários outros, como por exemplo, em Isaías 7, 14. A palavra hebraica, “almá” (עלמה) significa “moça jovem” que foi traduzida como “virgem”, sendo que a palavra “virgem” em hebraico se fala “betulá” (בתולה). E esse erro de tradução persiste até hoje nas versões protestantes.
Os erros aumentaram, incluindo os de gramática, com frases inteiras erradas, tanto pela fraseologia quanto pela ortografia e sintaxe. Os atualizadores das edições contemporâneas são, na maioria, estrangeiros, que mal conhecem a língua portuguesa, e escrevem no nosso idioma palavras e frases tiradas do inglês, pois é comum esses revisores e atualizadores serem norte-americanos.
A tradução do Novo Testamento de João Ferreira tinha tantos erros, que os revisores passaram quatro anos tentando corrigir o que ele fez em menos de um.
Fonte: https://www.veritatis.com.br/os-erros-traducao-joao-ferreira-almeida-sobre-imagens/