Oitava de Natal: Por que a Igreja celebra o natal por oito dias?


Infelizmente a maioria dos católicos não sabe da importância da “Oitava de Natal”, bem como da Oitava da Páscoa. Como essas duas Solenidades litúrgicas são as mais importantes do Ano litúrgico; pois marcam o Nascimento e a Ressurreição de Jesus, a Igreja prolonga as suas celebrações por oito dias. Com que intenção? Com a intenção de que “o tempo especial de graças” que significam a Páscoa e o Natal, se estenda por oito dias, e o povo de Deus possa beber mais copiosamente, e por mais tempo, as graças de Deus neste tempo favorável, onde o céu beija a terra e derrama sobre elas suas Bênçãos copiosas.

Entre os dias 25 de dezembro e 1º de janeiro, a Igreja celebra a Oitava do Natal. Durante oito dias, somos convidados a viver a exultação da Festa do Nascimento de Jesus. É um tempo de graças para nós católicos, que termina com a celebração da Solenidade de Maria, Mãe de Deus. 

Assim, a solenidade de Natal não se resume a um único dia, embora os oito dias da Oitava de Natal sejam celebrados como se fossem apenas um. 

A história mostra que a Oitava de Natal foi inspirada pela Oitava da Páscoa — a primeira das sete semanas que sucedem a Páscoa, assim como a oitava de Pentecostes e várias outras que, durante séculos, seguem estimulando com entusiasmo as comemorações de domingo a domingo, tendo o oitavo dia como o dia final, o da ressurreição. 

A Oitava de Natal é uma celebração litúrgica que nos lembra a Encarnação de Jesus, que se fez homem para salvar a humanidade. 

No calendário litúrgico, há outras festas além da Oitava de Natal, todas com seu grau de importância para a data. 

Por exemplo, no dia 26, somos convidados a celebrar a festa de Santo Estevão, o primeiro mártir a testemunhar a verdade da pessoa de Jesus. 

 

 

No dia 27, celebramos São João Apóstolo e Evangelista, que fala mais profundamente sobre o mistério da encarnação. Em 28 de dezembro, temos a festa dos Santos Inocentes, que fortalece o sentido do Natal de Jesus, uma vez que Maria e José fugiram com Ele para o Egito devido à ordem de Herodes.  

Também celebramos a festa da Sagrada Família no dia 30 de dezembro, momento em que Jesus nasce em uma família para salvar a nossa, mostrando a importância da família em nossa experiência de vida. 

A Oitava de Natal termina com a Solenidade de Maria, Mãe de Deus. É uma celebração que fala de Maria com Mãe, condição decorrente do “sim” a Deus, profundo, convicto e sincero de Nossa Senhora. 

A Oitava de Natal deve ser vivida de forma pessoal, com a oração do terço e a contemplação do mistério da encarnação — porque Jesus, quando fala conosco, é único. Assim, devemos mostrar alegria e contemplação quando evocamos Jesus Cristo. Um hábito importante é sinalizar nossas casas com velas e luzes, como um sinal de felicidade pelo nascimento do Menino Jesus. Sempre participar da missa é outra ação que nós católicos devemos priorizar. 

O nascimento do Menino Jesus é a materialidade do amor verdadeiro, aquele que vem nos salvar, que dá sua vida por nós e que deixa ao nosso alcance os sentimentos de amor, de paz, de felicidade, de contemplação… Tudo está ao nosso alcance, mas temos que fazer a nossa parte. Devemos escolher e devemos seguir, confiantes e abertos para Jesus Cristo.   

De nada adianta participarmos das celebrações, dos ritos, dos eventos, se não estivermos ali, com fé em Cristo. Devemos dar o primeiro passo, com fé. Jesus nos amou sem nada esperar em troca. E mostrou que todos temos o poder do amor.  

 

 

Mas, só pode se beneficiar dessas graças abundantes e especiais, aqueles que têm sede, que conhecem, que acreditam, e que pedem. É uma lei de Deus, quem não pede não recebe. E só recebe quem pede com fé, esperança, confiança e humildade.


As mesmas graças e bênçãos do Natal se estendem até o final da Oitava. E neste período a Igreja acrescenta a celebração de alguns santos. No dia 26 de dezembro a memória do grande Santo Estevão, o primeiro mártir do cristianismo; para que, com sua intercessão, as graças do Natal sejam ainda mais copiosas sobre nós.

Depois temos a memória dos Santos inocentes que Herodes mandou matar. Eles intercedem por nós com seu sangue inocente. De São João evangelista, o “discípulo que Jesus amava”, e outros santos.

No meio da Oitava, no domingo após o Natal, a Igreja nos leva a olhar e meditar na Sagrada Família de Nazaré. É hora de dizer como a música. “Jesus, Maria e José, nossa família vossa é!”. É o momento de fazer um longo silêncio diante do Presépio e aprender as grandes lições dessa Família através da qual o Salvador quis entrar em nossa história..

Não deixe passar esse tempo de graças em vão! Viva oito dias de Natal e colha todas as suas bênçãos. Não tenha pressa! Reclamamos tanto de nossas misérias, mas desprezamos tanto os salutares remédios que Deus coloca à nossa disposição tão frequentemente.

Muitas vezes somos miseráveis sentados em cima de grandes tesouros, pois perdemos a chave que podia abri-lo. É a chave da fé, que tão maternamente a Igreja coloca todos os anos em nossas mãos. Mas quem acredita? Quem vive isso? Quem pede? Quem reza?

Pare diante do seu Presépio, durante esses dias e reze com devoção, como coração, e sua vida se transformará.

Saudações em Cristo! 

Fonte: https://blog.cancaonova.com/felipeaquino/2014/12/29/a-importancia-da-oitava-de-natal/

 

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