Namorar é conhecer melhor a si mesmo e aprender a conhecer o outro. É um caminho de amadurecimento no amor até que se torne união matrimonial. Durante este período, os jovens experimentam a vocação dada por Deus. Afinal, o matrimônio é, antes de tudo, a descoberta de um chamado divino. Dois cristãos que se casam reconhecem em sua história de amor o chamado do Senhor.
Desde o namoro, o homem e a mulher devem ter consciência de que o casamento é um projeto comum, que envolve o casal e Deus. Como lembrou o Papa Francisco em audiência geral, “uma aliança assim não se improvisa de um dia para o outro. O namoro cria condições favoráveis para que o homem e a mulher se conheçam a fundo, para que amadureçam a decisão”.
Como bem sabemos, o amor não é objeto de consumo, não se pode comprar, nem vender. Confiança, familiaridade, liberdade, respeito e carinho são bases de um relacionamento forte, sólido e duradouro. Tudo isso começa a ser plantado no tempo de namoro.
“Fazer de duas vidas uma só vida é também um milagre da liberdade e do coração, confiado à fé”
PAPA FRANCISCO
O matrimônio, portanto, é como construir uma casa. Ninguém começa pelo telhado. Primeiro, é preciso estruturar o solo, subir as paredes, para depois construir o teto. O namoro e o noivado são passos importantes para a consolidação deste amor conjugal.
Neste mês de junho, celebre a beleza de ser precioso para alguém, agradeça a Deus pelo dom do amor. E, juntos, peçam forças para continuarem firmes nesta caminhada.
O que diz o Pe. José Kentenich sobre o amor? “O amor não descansa até conseguir a fusão, a troca e a complementação dos corações e o aperfeiçoamento da personalidade, pela entrega a um tu pessoal… O amor autêntico leva a nos preocuparmos constantemente com o outro. Está interessado pelo tu, pelo seu bem. Não se concentra em si mesmo, não busca o próprio eu, não busca a autossatisfação. Busca o proveito, o crescimento do tu”
Voltemos nossa atenção para o namoro como uma preparação, que no futuro se torne família. O Papa João Paulo II diz: “O futuro da família depende da preparação.”[2]
“Diga-se o mesmo do namoro, do noivado. Para a escolha do namorado ideal, da namorada mimosa; para que o namoro, os encontros, o amor mútuo, o mútuo conhecimento e entrosamento deem certo; para que o namoro enfim não seja negativo, mas construtivo (ainda que não prossiga) é indispensável a preparação”.[3]
Namoro e a busca da santidade
“O amor é concreto todos os dias[4]”, disse o Papa Francisco. Viver o namoro nos caminhos de Deus, buscando a santidade diária, um ajudando o outro a reavivar a fé. Colocando como atividade à dois o encontro de jovens, ir a Santa Missa e participar das atividades da Igreja. “É de premente necessidade buscar o sentido, a definição correta do namoro para se obter êxito nele e para que os namorados não caíam vítimas das falsas concepções do namoro hoje tão em voga”.[5]
“Os namorados que empregarem o melhor dos seus cuidados e tempo para obter êxito no namoro e construir a felicidade do casamento, estão seguindo a bela advertência de Cristo: Construí vossa casa sobre a rocha, para que, sobrevindo as chuvas, os ventos, as tempestades, a casa não desabe.” (Mt, 7,21-29).[6]
Tempo de educar-se
O namoro também é um tempo de escolha, de encontros e principalmente de conhecimento de mútuos, é tempo de amar e educar-se, uma preparação para a vocação do matrimônio. “Mas amar é uma arte. Importa conhecê-la, educar-se nela. E a educação e treinamento para o amor começa no namoro, e durará por toda a vida. Pois, o valor, a beleza, a importância, como também os perigos e entraves do amor são inesgotáveis. São inúmeros os perigos que rondam o amor. Para que os namorados entrem para o namoro e o casamento, aptos a exercer com sucesso essa arte”[7]
Fonte: https://www.maeperegrina.org.br/noticias/namoro-futuro-da-vocacao-do-matrimonio/