Ela é uma jovem católica, e sempre desejou pertencer na vida a um homem só: o futuro pai de seus filhos. Mas não foi capaz de perseverar nessa intenção, e está transando com o namorado. Ela está contente? Não! Ela quer viver um namoro casto, só não sabe como conseguir isso. O Catequista vai lhe dar uma mãozinha!
O perfil descrito acima é abundante em nossa Igreja. E o mais triste é que essas meninas vão se afastando gradualmente da prática religiosa. Se por um lado há a responsabilidade pessoal do pecado, também é verdade que, em grande parte, elas são vítimas da cultura dominante de uma época. No nosso mundo, namoro é tipo: ou dá ou desce.
Graças a Deus, muitos casais católicos dão testemunho de castidade – ainda que tenham caído um dia. Portanto, não acredite na mentira do demônio: viver um namoro casto e feliz é possível!
ABRA O JOGO COM SEU NAMORADO
Veja o testemunho da nossa leitora Kenia:
"Quando estávamos com um ano de namoro eu acabei perdendo a virgindade com meu namorado. Cada dia estava me sentindo muito triste, então eu disse pra meu namorado que a partir daquele dia não ia acontecer mais nada entre a gente e sim só depois do nosso casamento, e disse tbm que não queria obrigar ele me esperar. E foi quando ele me disse que não ia ser fácil, mas que ele ia me esperar o tempo que fosse preciso. E pra honra e glória de Deus já estamos a mais de um ano sem ter relações!
"Gente não e fácil, não posso mentir a falar isso pra vcs, mas posso garantir a todos que quando a gente coloca Deus em primeiro lugar em nossas vidas tudo dá certo.”
Veja também esse conselho do Padre Orlando Henriques, da Diocese de Coimbra:
“EXIJA-LHE UMA PROVA DE AMOR: ‘se me amas, então vamos parar com isso; se me amas vamos viver um namoro casto’. Está na hora de deixar de ser à maneira dele. Basta de violência!
“Vale mais por logo tudo ‘em pratos limpos’ e dizer-lhe que não se sente bem a fazer isso e que nunca mais quer fazê-lo. É preciso que ele saiba a verdade, é preciso que ele saiba que a está a fazer sofrer! Por que há-de você andar a aguentar uma situação imunda e que lhe repugna? E por quanto tempo mais? E se um dia se casarem vai continuar a sofrer violências a vida inteira só para não desagradar? E se não se casarem, já viu?
“Tenha coragem! Siga o caminho da pureza que Deus não a vai deixar desamparada!”
“E SE ELE NÃO ACEITAR? TENHO MEDO DE PERDÊ-LO!”
Você está mesmo decidida a voltar a comungar e a participar da vida da Igreja com o coração mais leve e feliz? Quer mesmo se reconciliar com Cristo e consigo mesma? Esse é o ponto central. Porque se você estiver decidida, não deixará que nada nem ninguém lhe faça retroceder ou desanimar de seu objetivo!
Mas e se seu namorado se colocar como obstáculo?... O que você vai fazer? Você ama a sua paz acima de todas as coisas? Ou ama o seu namorado acima da sua paz? Qual é o PONTO INEGOCIÁVEL, o que você não pode arriscar: a sua fé e sua amizade com Deus, ou o seu namoro?
Se você decidir pela fé, é possível que seu namorado resolva respeitar a sua escolha e fazer um sacrifício para continuar a seu lado. Mas também é possível que ele não queira mais ficar com você. Então… veja o que na sua vida é mais importante.
Só lembrando: namorado você pode arrumar outro, porque a fila anda. Mas Deus... Deus é um só! Não há outro! Seu namorado é pó, e mais cedo ou mais tarde, ao pó ele vai retornar. Mas a decisão é sua. É sempre sua.
“TENHO VERGONHA DE ME CONFESSAR”
Uma das coisas que Deus mais aprecia é um coração arrependido. “O médico veio para os doentes”, disse Jesus. Se você está com o coração contrito, isso é bom! Muitos são os que andam pelo mundo anestesiados, e nem sentem remorsos pelos seus erros. Confie em Jesus! Ele está de braços abertos para te receber, te purificar e te devolver a paz. Lembre-se da parábola do filho pródigo!
Não tenha medo de se confessar: todo padre já ouviu a confissão desse tipo de pecado mais de mil vezes (e sua penitência certamente será bem mais branda do que o walk of shame da Cersei Lannister!). Depois de um minuto de vergonha, você vai desfrutar horas incontáveis de alegria, e o alívio imenso por ter confessado suas faltas.
Confissão te dá asaaaaaas!
O sexo só deve ser vivido no casamento por causa de sua finalidade e suas consequências
Este é um grande problema que enfrentam, hoje, as jovens cristãs que desejam viver a lei de Deus; elas não querem viver a vida sexual no namoro, mas são pressionadas por seus namorados, às vezes pelas próprias amigas, pelo ambiente, pela mídia, etc. Não é uma pressão pequena, às vezes, esta acontece até dentro de casa.
O sexo só deve ser vivido no casamento por causa de sua finalidade e suas consequências. As finalidades são: unitiva e procriativa.
A dimensão unitiva tem em vista unir o casal que se comprometeu um com o outro a vida toda, um compromisso selado pela aliança matrimonial diante de Deus e dos homens. A dimensão procriativa gera os filhos; esses têm o direito de nascer em um lar constituído com pais preparados para acolhê-los, amá-los e educá-los. E isso não pode acontecer ainda no namoro, porque eles podem se separar a qualquer momento.
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Os cuidados para viver a castidade no namoro
Um namoro diferente leva à santidade
Ora, o ato sexual é o selo de uma união definitiva, permanente, compromissada para sempre; não é uma brincadeira, um passatempo, uma diversão. Na verdade, os casais que usam o sexo antes do casamento estão realizando um ato egoísta, não um ato de amor, por mais que insistam em que o fazem porque se amam.
A última “entrega” ao outro deve ser a do próprio corpo; só depois que os corações e as vidas estiverem unidas para sempre. Isso está longe de acontecer no namoro, que é um tempo de escolha. É o tempo de conhecer a pessoa do outro, seus valores e seus limites, para se fazer uma escolha com quem um dia se casar. Não é o tempo de viver a intimidade sexual dos casados.
Amor não é sentimentalismo, romance e prazer; amor é responsabilidade, é fazer os outros felizes. O verdadeiro amor espera, respeita.
As coisas da vida somente são boas e nos fazem felizes se são usadas dentro de sua finalidade e no momento certo. Ninguém come uma banana ainda verde, ou usa um microfone como se fosse um martelo. Desvirtuando a sua finalidade, você provoca dano. Com o sexo se dá o mesmo; se for vivido fora do seu sentido, estraga tudo.
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Muitos e muitos abortos são realizados por causa da vida sexual dos jovens no namoro. Muitas meninas e adolescentes ficam grávidas e se tornam mães sem as condições mínimas necessárias de educar os filhos; e muitas vezes estes são criados sem os pais, que abandonam a namorada após a gravidez. Ora, isso não pode ser chamado de amor, e sim de nefasto egoísmo.
O ato sexual, para estar de acordo com a natureza e ser moral, deve estar aberto à vida; por isso a contracepção não deve acontecer por meio de camisinha, pílulas anticoncepcionais e outros meios artificiais. Pior ainda quando a jovem ingere a “pílula do dia seguinte”, abortiva, que mata seu filho e causa um dano tremendo a seu organismo por possuir uma carga hormonal altíssima.
Quantas jovens engravidaram no namoro e tiveram de mudar totalmente o rumo de suas vidas! Às vezes, são obrigadas a deixar os estudos para trabalhar; vão morar na casa dos pais sem poderem constituir uma família como convém. Você já pensou nisso?
Então, o seu namorado não pode exigir que você tenha uma vida sexual com ele, pois não há um compromisso definitivo entre vocês. Ele está sendo egoísta. Não é justo que ele queira cobrar isso de você; isso não é amor, é egoísmo. Ele não corre o risco de uma gravidez; e se o namoro terminar, ele vai embora como se nada tivesse feito; mas para você é diferente, porque nunca mais você vai esquecer o que aconteceu.
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Meu namorado quer transar, e agora?
São Paulo, há dois mil anos, já ensinava aos Coríntios: “A mulher não pode dispor do seu corpo: ele pertence ao seu marido. E também o marido não pode dispor do seu corpo: ele pertence à sua esposa” (ICor 7,4). O Apóstolo não diz que o corpo da namorada pertence ao namorado nem que o corpo da noiva pertence ao noivo.
Por isso, jovem cristã, resista e diga “não” a seu namorado. Deus quer que você se guarde e se prepare para aquele homem que um dia vai ser seu esposo, pai de seus filhos. Tente mudar a maneira dele de pensar; traga-o para Deus. Mas, se ele ameaçar deixar você, deixe que ele vá, pois ele não merece o seu amor; ele não está “à altura de recebê-la um dia como esposa”. Deus não a desamparará, pois tem algo melhor para você; Ele a ama. Ninguém pode ser infeliz por cumprir a Sua lei e fazer a Sua vontade. Nunca faça do seu corpo uma arma para segurar o seu namorado, pois a vítima pode ser você!
Os jovens cristãos terão que lutar muito para não permitir que o relacionamento sexual os envolva e abafe o namoro. Jesus deu a receita da castidade: “vigiai e orai” porque “a carne é fraca” (Mt 26,41). O namoro não existe para que vocês conheçam os seus corpo, mas as suas almas. No entanto, um namoro puro só será possível com a graça de Deus, com a oração, com a vigilância e, sobretudo quando os dois querem se preservar um para o outro. E para isso é preciso que o casal dialogue com clareza e se comprometam neste importante propósito.
Mas, como fazer, para em meio a tantos incentivos e facilidades nos dias atuais, manter a castidade no namoro?
Primeiramente, saiba que, o corpo continuará funcionando com todos os processos naturais, ainda que nosso coração deseje o Eterno. Portanto, será pela fortaleza da razão, de uma sexualidade consciente, que poderemos ser conduzidos para as virtudes nos momentos em que o corpo brigar com a consciência. Nisso, alguns cuidados serão de grande valia para fortalecer essa decisão racional:
1 – Evitar ambientes e ocasiões propícios ao pecado.
A sensação de estarmos retirados (casa, quarto, dentro do carro), traz, aos poucos, o conforto para cedermos aos apetites da paixão, que naturalmente pedem cada vez mais. Privacidade para conversar não significa isolamento. Estejamos à vista de outras pessoas. E locais afastados e escuros, além de tudo isso, são inseguros.
2 – Não motivar o outro com estímulos visuais e sensitivos.
Certifique-se que a roupa, o perfume que você estiver usando não provocará o outro a querer avançar o sinal. Não se trata de comprometer a elegância e o romantismo na produção. É possível caprichar no visual e usar uma fragrância agradável, mas, de modo que não mexa demais com a sensibilidade do outro. O mesmo vale para algumas palavras que quando proferidas servem como estimulantes.
3 – Não abra pequenas concessões.
Há algumas atitudes que não se definem como gesto erótico, mas que começam a enfraquecer a decisão pela castidade. Nestes casos não há a vontade de pecar, mas o pecado começa a ser gestado, vamos nos acostumando, e justificando: “Isso não tem problema!”, primeiro a nós mesmos e depois a(o) namorada(o). Exemplos: demorar um tempo maior num abraço em que comecem sentir vontade de sexo; tocar áreas próximas as partes mais sensíveis; ou quando a namorada senta no colo do namorado.
4 – Conheça-se naquilo que mais lhe desperta e enfraquece sua decisão.
Você precisa definir quais as coisas e situações particulares lhe são mais difíceis. Depois compartilhem isso entre casal para prevenirem-se. Exemplo: Se uma forma específica do rapaz segurar a namorada, envolve-a a ponto de remetê-la ao desejo, ela precisa comunicar isso a ele para que ele não faça. É uma particularidade dela, que deve ser respeitada. Também existem dias em que pela natureza a mulher está mais sensitiva, e pequenas iniciativas podem fazê-la render-se. E vice-versa.
5 – Oriente-se sobre a beleza da castidade.
Leia artigos, aprofunde-se, escute tudo o que diz a Igreja sobre o tema. Quanto mais conteúdo absorvermos, mais nos convenceremos do quão bem fazemos a nós mesmos vivendo a castidade e passaremos a amá-la. Ao inserir em nossa mente esses conceitos, estaremos melhor preparados para resistir nas horas de tentação.
6 – Ore, cultive a espiritualidade no namoro.
Rezar juntos é invocar o Espírito Santo em meio ao casal. Somos feitos de carne e ossos, de hormônios e temos sensações, mas antes, somos seres espirituais, cidadãos do céu, templos do Espírito Santo, que é a nossa força para alcançar os desígnios de felicidade que Deus tem para nós. A felicidade e amor verdadeiros só serão alcançados no Senhor e percebidos através da alma. E São José e Maria Santíssima, os pais da castidade, são nossos aliados. Não estamos sozinhos nessa luta!
Um namoro casto é capaz de curar os corações de ambos. Quanto mais santo, mais lindo este relacionamento será. Santo Agostinho dizia ao Senhor: “Pede-me o que me dás, e dá-me o que me pede!”
Castidade, Deus quer, você consegue!
Os cuidados para viver a castidade no namoro
O jovem e a jovem cristãos terão que lutar muito para não permitir que o relacionamento sexual os envolva e abafe o namoro. Jesus deixou-nos a receita da castidade: “vigiai e orai” porque “a carne é fraca” (Mt 26,41). O namoro não existe para que vocês conheçam os seus corpos… mas as suas almas.
Alguns querem se permitir um grau de intimidade “seguro”, isto é, até que o “sinal vermelho seja aceso”; aí está um grave engano. Quase sempre o sinal vermelho é ultrapassado, e muitas vezes acontece o que não deve. Quantas namoradas grávidas… ou marcadas!
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O que os santos doutores ensinaram sobre a Castidade
O que é a castidade? Por que é importante vivê-la?
Um namoro puro só será possível com a graça de Deus, com a oração, com a vigilância e, sobretudo quando os dois querem se preservar um para o outro. Será preciso então, evitar todas as ocasiões que possam facilitar um relacionamento mais íntimo. O provérbio diz que “a ocasião faz o ladrão”, e que, “quem brinca com o perigo nele perecerá”. É você quem decide o que quer. Se você sabe que naquele lugar, naquele carro, naquela casa, etc., a tentação será maior do que as suas forças, então fuja destes lugares; esta é uma fuga justa e heroica.
Além dos lugares, é preciso lembrar às moças: o homem se excita principalmente pelos olhos. Então, cuidado com a roupa que você usa; com os decotes, com o comprimento das saias… Não ponha pólvora no sangue do seu namorado para não vê-lo excitado!
Assista também: Como falar sobre castidade com meu namorado sem constrangimento?
Outro ponto muito importante: o namoro não é o tempo de viver as carícias matrimoniais, pois elas são o prelúdio do ato sexual, que não deve ser realizado no namoro. O que precisa haver entre os namorados é carinho, não as carícias íntimas. Muitas vezes as namoradas não se dão conta disto. Para a mulher a excitação se dá muito mais por palavras, gestos, fantasias, romances; mas para o homem, basta uma roupa curta, um decote, um cruzar de pernas aparentes, e muita adrenalina será injetada no seu sangue… Não provoque seu namorado!
Os jovens que, por imprudência perderam a virgindade, e reconheceram tarde demais que eram fracos, sabem que não é exagero exigir que os namorados nunca fiquem sozinhos; que sempre haja a presença de uma terceira pessoa; que sempre namorem em um lugar claro e iluminado; que evitem qualquer contato físico que possa causar excitação, seja em si, seja no outro.
Retirado do livro: “O Brilho da Castidade”. Prof. Felipe Aquino. Ed. Cléofas.
Prof. Felipe Aquino
https://cleofas.com.br/meu-namorado-quer-transar-e-agora-2/
https://jovensconectados.org.br/como-falar-sobre-castidade-com-meu-namorado-sem-constrangimento.html
https://cleofas.com.br/os-cuidados-para-viver-a-castidade-no-namoro/