É forte, mas São João escreveu essa carta para uma comunidade como a nossa, dizendo que Deus não quer Cristãos mornos, cristãos faz-de-conta. E se ele escreveu essa carta é porque naquela época havia muitos que foram batizados, se diziam cristãos, mas na prática não faziam nada para demonstrar sua fé. Eram cristãos mortos, sem vida, que não participavam de nada. Por isso São João chama atenção dizendo que Deus irá vomitar da sua boca, aquele que é cristão morno, o faz-de-conta.
Hoje, dois mil anos depois nós temos em nossas comunidades os mesmos 3 tipos de católicos; o católico praticante – quente, o católico frio que não vai a nada e o católico faz-de-conta morno, o que vai mas não muda. O católico faz-de-conta morno é aquele que faz tudo por obrigação e não pelo coração. Vem na missa por obrigação, quer agradar e fazer média com Deus para que Deus o livre dos perigos. Na missa fica olhando para o relógio para que passe logo. Vem na Igreja só para pedir favores para Deus, mas não pede perdão e nem pede conversão. Batiza o filho por obrigação. Manda o filho para a catequese, mas fica chateado quando tem que participar de um encontro. Quer que o filho participe 4 anos da catequese, uma vez por semana e fica brabo e reclama quando tem que vir em UM SÓ ENCONTRO COM OS PAIS. Por uma vez só ele reclama. Vem obrigado. Está certo isso?
A ATITUDE DOS CRISTÃOS FAZ-DE-CONTA, A ATITUDE DOS CRISTÃOS MORNOS. Este jeito de ser, não está com nada. Essa atitude não serve para nada. Deus quer nos ajudar a sermos felizes e para isso nos ensina o seu caminho, a sua proposta. Ele bate em nossa porta, Ele nos convida, mas respeita nossa liberdade. Na vida nós crescemos em tudo; crescemos no tamanho, crescemos nos conhecimentos, fizemos o ensino básico, ensino fundamental e até faculdade crescemos no trabalho, nos negócios. Sabemos sobre roupas, sobre moda, sobre futebol, sobre jogadores, sobre novelas, sobre a vida dos cantores, MAS SABEMOS POUCO OU QUASE NADA SOBRE NOSSO DEUS, A IGREJA, ESPIRITUALIDADE. Chega de sermos cristãos mornos...
Previamente pode dar a impressão de um versículo extremamente cruel, porém, sua mensagem é de grande relevância. Os cristãos em Laodicéia confiavam mais em sua riqueza material do que na palavra de Deus, assim eles não eram mais "quentes" no sentido de terem uma fé que os estimulassem a servir a Deus com amor. Nem eram "frios" no sentido de serem animados e revigorantes, como a água refrescante traz alegria no verão.
Deste modo por estarem "mornos" no sentido espiritual, tornaram-se como “crentes de fachada” apenas mantendo as aparências, mas não guardavam a palavra de Deus em seus corações. Assim foram alertados para mudar como proceder ou não mais seriam aprovados por Deus.
Portanto, devemos escutar também esse alerta para não deixar com que a vida agitada no mundo contemporâneo nos desvie do que é mais importante; servir a Deus com amor e alegria, sempre colocando os interesses Dele em primeiro lugar, não por aparências, mas pela verdade, caridade à Deus e fé;
Devemos ser radicais para com Deus. Ninguém pode ser "meio" católico. Ou somos católicos verdadeiramente, ou não somos; não existe "meio-termo". Devemos ser católicos por inteiro, conhecer suas doutrinas profundamente, estudar o catecismo e praticar os dogmas e seus mandamentos, sem deturpações que o modernismo inseriu no mundo cristão.
Todos os cristãos têm o dever de transmitir a fé com coragem. Esta é a exortação que o Papa Francisco fez esta manhã na Missa celebrada na Capela da Casa Santa Marta, com a participação da Guarda Suíça. Concelebrou com o Papa o Presidente do Pontifício Conselho das Comunicações Sociais, Dom Claudio Maria Celli.
O Papa dedicou sua homilia ao tema da coragem no anúncio do Evangelho. Todos os cristãos que recebem a fé devem transmiti-la, proclamá-la com a vida e com a palavra. Francisco contou um episódio da sua infância abordando a forma como a fé foi transmitida através da sua avó, quando o levava a participar na procissão da Sexta-Feira Santa e lhe dizia: “Jesus está morto, mas amanhã ressuscitará”. “A fé entrou assim: a fé em Cristo morto e ressuscitado. Na história da Igreja, muitos tentaram encobrir esta certeza, falando de uma ressurreição espiritual. Não, Cristo está vivo!”, afirmou o Papa.
O Santo Padre recordou que na Bíblia lemos que Abraão e Moisés têm a coragem de “negociar com o Senhor”. Uma coragem em favor dos outros, em favor da Igreja, que é necessária ainda hoje:
“Quando a Igreja perde a coragem, entra na Igreja uma atmosfera morna. Os cristãos mornos, sem coragem… Isso prejudica a Igreja, começam os problemas entre nós; não temos horizontes, não temos coragem, nem a coragem da oração ao céu nem a coragem de anunciar o Evangelho. Somos mornos…E não temos a coragem de enfrentar os nossos ciúmes, as nossas invejas, o carreirismo, de avançar egoisticamente… a Igreja deve ser corajosa!”
Sejamos autenticamente, verdadeiros cristãos católicos!
Fonte: https://www.elrinetworks.com.br/mitra/santacatarina/artigos_detalhes.php?cod_artigo=3
https://www.catolicismoromano.com.br/content/view/2143/29/