A justificativa de tal comportamento varia de pessoa para pessoa: existem aqueles que deixaram de lado a prática religiosa devido à decepção com algum líder ou administrador de sua comunidade: talvez o padre tenha feito ou dito alguma coisa que aquela pessoa não gostou, e pronto: já é motivo para abandonar a Igreja de Jesus Cristo, a vida de oração comum, as práticas, o aprendizado, a convivência com os irmãos de fé, os Sacramentos, a Comunhão no Corpo do Senhor... Simplesmente viram as costas e vão-se embora, sem mais.
A Fé nos torna participantes da Família de Deus e membros da Igreja, e é através dela que seguimos o Caminho da Salvação, que é Jesus Cristo. Nossa Família cristã, a Igreja do Senhor, tem uma história de dois milênios, riquíssimas tradições e belíssima Liturgia, que se refletem nas belas celebrações. Pode ser que algumas pessoas não as entendam, mas, antes de simplesmente ignorá-las, ou pior, criticá-las, seria mais inteligente procurar conhecê-las, entender as suas origens e significados e tentar conhecer os seus valores.
O principal, muitas vezes, é invisível aos olhos, mas se manifesta através do visível, do palpável, do sensível aos sentidos físicos. O próprio Cristo, mesmo sendo Deus, ao assumir natureza humana observou os ritos e respeitou as normas religiosas: foi batizado, passou noites em oração, foi ao Templo de Jerusalém, ia as sinagogas, lia as Escrituras...
Comovido, este homem aproximou-se e se apresentou, declarando sua admiração pela religiosa. Madre Teresa foi gentil, mas não deixou de fazer o seu trabalho. Os dois conversaram por alguns minutos, até que e o rico empresário, prestando atenção ao grande crucifixo pendurado ao pescoço de Madre Teresa, comentou: “Admiro muito o seu trabalho e o seu exemplo de vida, mesmo não acreditando neste símbolo que a senhora usa”.
Ouvindo isso, Madre Teresa respondeu: “Meu filho, tudo que eu sou e faço, todas as coisas pelas quais você me admira... É tudo por causa do que este símbolo representa. Se não fosse pela minha fé e amor a Jesus Cristo Crucificado e Ressuscitado, você nem saberia que eu existo!”...
Por tanto, ser praticante, creio que é demonstra-lo em cada momento de minha vida, quando posso ir à Igreja, mas acima de tudo, em minhas tarefas habituais, na minha família, no meu trabalho, no meu estudo, no meu lazer, no meu descanso. Sabemos que de nada vale nossa presença em um templo se logo depois minha vida segue um caminho totalmente diferente.
Ser praticante é levar uma vida o mais coerente possível com a fé que professo, e que definitiva é a minha busca em imitar Jesus, que é a Revelação de Deus a quem devemos seguir.
Devemos mostrar com nossas atitudes em cada momento que Jesus é o centro de nossa vida, que pertencemos a Igreja que Ele fundou e que o feito de sermos praticantes não deve ficar na repetição de determinados ritos, em cumprir algumas prescrições ou em ir a determinados lugares, onde sem duvidas não nos custara tanto viver esses momentos como pessoas de Fé.
Vemos e escutamos muitos exibirem seus “títulos” de católicos, mas muito mais que isso, se deveria pensar em cada atitude que temos, se nossas decisões, se nossas palavras, se nossos gestos são de pessoas que pertencem a Igreja Católica, ou muitas vezes não são mais que “títulos vazios” com os quais inclusive pretendemos ficar tranquilos com eles em nossa consciência.
Hoje, mais do que nunca, é necessário o testemunho dos Católicos, daqueles que em cada momento de sua vida, em cada lugar que estão, na vivencia de sua responsabilidade e obrigações, mostram aos demais que é possível viver de acordo com a fé que tem. Então sim, tenho certeza, que poderemos dizer que existem “Católicos praticantes”.
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