Doutor em Ciências Econômicas pela Universidade de Chicago, Rockefeller participou da 2ª Guerra Mundial como funcionário de inteligência na Argélia e ajudante do adido militar em Paris. Em 1946, começou a trabalhar como gerente adjunto do departamento internacional do Chase Manhattan Bank, uma das maiores entidades financeiras de Nova York e, em 1955, foi nomeado vice-presidente executivo. Em 1961, chegou à presidência, cargo que ocupou até 1981, quando completou 65 anos.
Ele era filho de John D. Rockefeller Jr., que por sua vez era filho do lendário John D. Rockefeller, fundador da Standart Oil, uma companhia que chegou a ser responsável pela refinação de 80% a 90% de todo o petróleo do mundo – e deu origem à atual ExxonMobil. A família deu início também, em 1913, à Fundação Rockefeller, uma entidade filantrópica cujo objetivo é “promover o bem-estar da humanidade pelo mundo”.
Em sua história, a fundação financiou a criação de institutos, faculdades e laboratórios em universidades e instituições de várias partes do mundo. Apesar disso, é conhecida também por seu envolvimento em pautas polêmicas, como o financiamento de programas de eugenia na Alemanha nazista – incluído o laboratório onde trabalhou Josef Mengele – e de organizações pró-aborto em países em desenvolvimento.
A militância pró-vida defende que a Fundação Rockefeller, ao lado de outras como Ford e MacArthur, está envolvida em um esquema que almeja o controle populacional e, por isso, financia ONGs em favor do aborto, da contracepção, da união homossexual, da cultura de ter poucos filhos e da esterilização em países da América Latina, Ásia e África – tudo em linha com um documento do governo norte-americano datado de 1974, chamado de Relatório Kissinger.
O documento – cujo nome oficial é Implicações do Crescimento Populacional Mundial para a Segurança e os Interesses Ultramarinos dos Estados Unidos – cita a Índia, Bangladesh, Paquistão, Nigéria, México, Indonésia, Brasil, Filipinas, Tailândia, Egito, Turquia, Etiópia e Colômbia como países fiscalizados pelos norte-americanos com relação ao crescimento populacional. O texto diz claramente que “nenhum país já reduziu o crescimento de sua população sem recorrer ao aborto” e que há “grande necessidade de convencer a população que é para seu benefício individual e nacional ter em média apenas três ou dois filhos”.
Em 2011, por exemplo, a secretária da Conferência Episcopal do Uruguai, Gabriela López, denunciou que a Fundação Rockefeller estava por trás de pressões pela legalização do aborto no Uruguai.
“Infelizmente esse tipo de proposta não é uma iniciativa local de alguns parlamentares, mas uma estratégia promovida internacionalmente por instituições que tentam enganar o povo e os parlamentares e induzi-los a aprovar uma coisa pensando que estão aprovando outra”, disse López na ocasião. “O verdadeiro objetivo essas estratégias não é a promoção da mulher, mas a sujeição a interesses estrangeiros que são cada vez mais conhecidos e que, a médio prazo, só servem para enfraquecer a própria base da população”.
A família Rockefeller financiou ainda a fundação da Clinical Research Bureau, a primeira clínica da American Birth Control League, que em 1942 se tornaria a Planned Parenthood, a maior rede de clínicas de aborto do mundo. Margaret Sander, a fundadora da entidade, continuou recebendo financiamento da Fundação Rockefeller por décadas – John Rockefeller III, irmão mais velho de David, chegou até mesmo a receber o “Prêmio Margaret Sander” em sua segunda edição, em 1967.
Fonte: https://www.semprefamilia.com.br/morre-o-bilionario-david-rockefeller-um-dos-maiores-financiadores-do-aborto-no-mundo/