Os jovens cristãos terão que lutar muito para não permitir que o relacionamento sexual os envolva e abafe o namoro. Jesus deu a receita da castidade: “vigiai e orai” porque “a carne é fraca” (Mt 26,41). O namoro não existe para que vocês conheçam os seus corpos… mas as suas almas.
No entanto, um namoro puro só será possível com a graça de Deus, com a oração, com a vigilância e, sobretudo quando os dois querem se preservar um para o outro. E para isso é preciso que o casal dialogue com clareza e se comprometam neste importante propósito. Diante disso, recebemos muitas perguntas de pessoas que querem viver um namoro santo mas não sabem como conversar isso com o namorado ou namorada.
O sexo só deve ser vivido no casamento por causa de sua finalidade e suas consequências
Este é um grande problema que enfrentam, hoje, as jovens cristãs que desejam viver a lei de Deus; elas não querem viver a vida sexual no namoro, mas são pressionadas por seus namorados, às vezes pelas próprias amigas, pelo ambiente, pela mídia, etc. Não é uma pressão pequena, às vezes, esta acontece até dentro de casa.
O sexo só deve ser vivido no casamento por causa de sua finalidade e suas consequências. As finalidades são: unitiva e procriativa.
Você irá encontrar neste vídeo, algumas dicas do Prof. Felipe Aquino. Assista:
A dimensão unitiva tem em vista unir o casal que se comprometeu um com o outro a vida toda, um compromisso selado pela aliança matrimonial diante de Deus e dos homens. A dimensão procriativa gera os filhos; esses têm o direito de nascer em um lar constituído com pais preparados para acolhê-los, amá-los e educá-los. E isso não pode acontecer ainda no namoro, porque eles podem se separar a qualquer momento.
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Ora, o ato sexual é o selo de uma união definitiva, permanente, compromissada para sempre; não é uma brincadeira, um passatempo, uma diversão. Na verdade, os casais que usam o sexo antes do casamento estão realizando um ato egoísta, não um ato de amor, por mais que insistam em que o fazem porque se amam.
A última “entrega” ao outro deve ser a do próprio corpo; só depois que os corações e as vidas estiverem unidas para sempre. Isso está longe de acontecer no namoro, que é um tempo de escolha. É o tempo de conhecer a pessoa do outro, seus valores e seus limites, para se fazer uma escolha com quem um dia se casar. Não é o tempo de viver a intimidade sexual dos casados.
Amor não é sentimentalismo, romance e prazer; amor é responsabilidade, é fazer os outros felizes. O verdadeiro amor espera, respeita.
As coisas da vida somente são boas e nos fazem felizes se são usadas dentro de sua finalidade e no momento certo. Ninguém come uma banana ainda verde, ou usa um microfone como se fosse um martelo. Desvirtuando a sua finalidade, você provoca dano. Com o sexo se dá o mesmo; se for vivido fora do seu sentido, estraga tudo.
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Muitos e muitos abortos são realizados por causa da vida sexual dos jovens no namoro. Muitas meninas e adolescentes ficam grávidas e se tornam mães sem as condições mínimas necessárias de educar os filhos; e muitas vezes estes são criados sem os pais, que abandonam a namorada após a gravidez. Ora, isso não pode ser chamado de amor, e sim de nefasto egoísmo.
O ato sexual, para estar de acordo com a natureza e ser moral, deve estar aberto à vida; por isso a contracepção não deve acontecer por meio de camisinha, pílulas anticoncepcionais e outros meios artificiais. Pior ainda quando a jovem ingere a “pílula do dia seguinte”, abortiva, que mata seu filho e causa um dano tremendo a seu organismo por possuir uma carga hormonal altíssima.
Quantas jovens engravidaram no namoro e tiveram de mudar totalmente o rumo de suas vidas! Às vezes, são obrigadas a deixar os estudos para trabalhar; vão morar na casa dos pais sem poderem constituir uma família como convém. Você já pensou nisso?
Então, o seu namorado não pode exigir que você tenha uma vida sexual com ele, pois não há um compromisso definitivo entre vocês. Ele está sendo egoísta. Não é justo que ele queira cobrar isso de você; isso não é amor, é egoísmo. Ele não corre o risco de uma gravidez; e se o namoro terminar, ele vai embora como se nada tivesse feito; mas para você é diferente, porque nunca mais você vai esquecer o que aconteceu.
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São Paulo, há dois mil anos, já ensinava aos Coríntios: “A mulher não pode dispor do seu corpo: ele pertence ao seu marido. E também o marido não pode dispor do seu corpo: ele pertence à sua esposa” (ICor 7,4). O Apóstolo não diz que o corpo da namorada pertence ao namorado nem que o corpo da noiva pertence ao noivo.
Por isso, jovem cristã, resista e diga “não” a seu namorado. Deus quer que você se guarde e se prepare para aquele homem que um dia vai ser seu esposo, pai de seus filhos. Tente mudar a maneira dele de pensar; traga-o para Deus. Mas, se ele ameaçar deixar você, deixe que ele vá, pois ele não merece o seu amor; ele não está “à altura de recebê-la um dia como esposa”. Deus não a desamparará, pois tem algo melhor para você; Ele a ama. Ninguém pode ser infeliz por cumprir a Sua lei e fazer a Sua vontade. Nunca faça do seu corpo uma arma para segurar o seu namorado, pois a vítima pode ser você!
Prof. Felipe Aquino
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