E quando acontece uma gravidez indesejada, um aborto que massacra mãe e filho ou uma doença incurável, o prazer de ontem já é a dor de agora. O mesmo se pode dizer da droga, da bebida…
A felicidade
A infelicidade costuma ser o resultado, a curto ou longo prazo, da busca da felicidade a curto prazo e de qualquer maneira.
Felicidade é outro departamento. Mas devemos admitir, de uma vez por todas, que momentos felizes não são o mesmo que felicidade. Essa mentalidade errônea já fez vítimas demais. Somos chamados a cultivar a felicidade como um todo e não viver apenas momentos felizes. Aliás, quem busca a felicidade do momento a qualquer preço demonstra não saber o preço da felicidade.
E toda vez que buscamos numa pessoa ou numa coisa a felicidade a qualquer preço e o prazer sem limites, estamos buscando a dor de amanhã.
Os limites
Rosas são bonitas e nos dão prazer ao apreciá-las e sentir o seu perfume. Mas dão prazer e felicidade por muito mais tempo quando ficam na roseira. Ao arrancá-las, matamos a rosa e ficamos felizes por apenas três dias.
A pessoa que não põe limites à busca do prazer – bebe demais, fuma demais, busca sexo permissivo e afetos desordenados – não entende ou não consegue entender isso. Se aceitassem menos prazer teriam prazer por mais tempo. É o que o povo, na sua sabedoria, ensina, quando diz que o apressado come quente, queima a língua e dói o dente… Prazer demais adoece e tira a alegria.
Seria lindo se todos entendêssemos isto. Às vezes, a renúncia de agora é o prazer de amanhã.
Mas quem é capaz de aceitar esse tipo de conselho quando adotou o prazer como ídolo em sua vida?
Tenho buscado prazer a qualquer preço?
Os jovens são incentivados, a todo o momento e por diversos meios, a buscar o prazer a qualquer preço
É um grande desafio para a juventude viver a castidade até o matrimônio, a chamada “castidade da juventude”.
Segundo o Catecismo da Igreja Católica, a castidade “significa a integração da sexualidade na pessoa. Inclui a aprendizagem do domínio pessoal”. É uma vivência que, aliada à ordenação dos desejos, torna-nos sempre mais semelhantes a Cristo, conduzindo-nos a uma busca pela santidade de maneira responsável.
Entretanto, a castidade é um grande desafio para os casais de noivos no tempo que antecede o matrimônio, pois vários são os fatores que servem de estímulo à prática da relação sexual antes do casamento em uma sociedade supererotizada.
Nesse contexto, no qual o jovem vive a sua sexualidade, eles são incentivados, a todo o momento e por diversos meios, à busca pelo prazer a qualquer preço, resultando na prática de relações sexuais pré-matrimoniais, também conhecida como fornicação.
Há os que buscam o sexo por “aventura” ou uma relação sexual “ocasional”, tipo de envolvimento que ocorre quando o jovem, na busca pelo prazer, numa simples experiência pessoal e prazerosa, faz da outra pessoa um objeto de satisfação momentânea. Trata-se daqueles encontros que, de modo geral, acontecem em bailes, festas, na rua ou mesmo em casas de prostituição. Existe também a relação sexual entre namorados que ocorre quando o casal inicia um relacionamento heterossexual com algumas características singulares (conhecimento mútuo, amizade, respeito, carinho), mas, apesar disso, encontram-se em um estágio de superficialidade, pois desconhecem a linguagem do amor.
Como nos casos citados anteriormente, mesmo entre namorados trata-se de um modo de satisfação momentânea, uma busca irresponsável pelo prazer, pois ainda não existe um compromisso amadurecido.
Outra forma de praticar o ato sexual, que vai totalmente contra os preceitos da Igreja, está presente na relação sexual “extramatrimonial”: o adultério.
A relação sexual vivida em um amor autêntico é entrega pessoal total e definitiva, por isso precisa estar acompanhada do compromisso definitivo selado diante de Deus e da comunidade. Qualquer que seja o propósito dos que se envolvem em relações sexuais prematuras, ainda que realizadas com sinceridade e fidelidade, por si só, não é o meio mais adequado para garantir a relação interpessoal verdadeiramente honesta entre um homem e uma mulher e para protegê-los contra os devaneios, as fantasias e os caprichos das paixões. Portanto, a Igreja convida os noivos a viverem a castidade na continência. “Nessa provação, eles verão uma descoberta do respeito mútuo, uma aprendizagem da fidelidade e da esperança de se receberem ambos da parte de Deus” (CIC 56).
Torna-se cada dia mais necessário e urgente que as famílias cristãs católicas deem testemunho de respeito, fidelidade, amor, carinho e do verdadeiro valor do matrimônio e da família. Assim, serão exemplos de um amor verdadeiro e honesto.
(Trecho do livro: “Sexualidade, o que os jovens sabem e pensam”)
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